Redução no orçamento da UFRN em 2024 deve ser de 7,69%

Em cortes constante desde 2015, as universidades federais devem sofrer uma nova redução no orçamento. Com base no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), está prevista uma queda de 17% para o ano de 2024. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a expectativa é de uma redução no orçamento de 7,69%. Se adicionado ao déficit de 2023, o valor chega a cerca de R$ 2 milhões.
Em comunicado enviado pela instituição, o reitor Daniel Diniz relatou que, caso não ocorra uma suplementação de verba, a Universidade pode fechar mais uma ano sem quitar todas as suas contas. A UFRN deve iniciar mais um ano letivo sem capital de investimento, em que a utilização seria destinada à aquisição de equipamento e à realização de obras ou manutenções.
Uma reunião foi realizada com os gestores da Administração Central da UFRN durante a última sexta-feira (1º) para relatar a redução orçamentária. O reitor Daniel Diniz comunicou sobre as atividades da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para a recomposição orçamentária das universidades, citando as reuniões recentes junto aos Ministério da Educação (MEC), Planejamento e Orçamento (MPO), e Desenvolvimento Regional (MDR).
Nos próximos dias, a UFRN informou que a Reitoria vai se reunir com os demais setores, além de representações das categorias que compõem o quadro funcional da instituição, para detalhar a situação. Já no âmbito nacional, a Andifes pretende ampliar o diálogo junto ao Governo Federal e aos parlamentares, com o objetivo de apresentar os impactos da redução de orçamento para a educação pública do país.
Tribuna do Norte

Fuga de detentos deixa dezenas de mortos

Pelo menos uma dezena de pessoas morreram depois que grupos criminosos atacaram na noite de ontem a principal prisão de Porto Príncipe e provocaram a fuga de milhares de detentos, em meio a uma onda de distúrbios no Haiti
“Foram contabilizados muitos corpos de detentos”, declarou o diretor executivo da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH), Pierre Espérance, ressaltando que apenas uma centena de presos permaneciam hoje na Penitenciária Nacional de Porto Príncipe, dos cerca de 3.800 que havia antes do ataque.
Um jornalista da AFP visitou na manhã de hoje a prisão, cuja porta estava aberta, e pôde observar uma dezena de corpos nos arredores do local, alguns deles com marcas de tiros.
Continua após a publicidade
No fim da noite de ontem, policiais “tentaram repelir um ataque de grupos criminosos à Penitenciária Nacional e à prisão Croix des Bouquets. O ataque a essas prisões deixou presos e funcionários feridos”, informou o governo do Haiti, que denunciou “a selvageria de criminosos fortemente armados que querem a todo custo libertar pessoas detidas, principalmente por sequestro, assassinato e outros crimes graves, e que não hesitam em executar civis e incendiar e saquear propriedades públicas e privadas”.
Ataques coordenados
A embaixada da França no Haiti reportou mais cedo o ataque, pedindo cautela e que se evitassem deslocamentos, segundo um comunicado enviado à AFP.
O Sindicato da Polícia Nacional do Haiti pediu aos policiais e militares que possuam carros, armas e munições que se dirijam à prisão para reforçar a segurança, segundo mensagem publicada na rede social X.
Entre os presos que escaparam estão “membros importantes de grupos muito poderosos”, informou o jornal Gazette d’Haïti.
Criminosos comuns, líderes de grupos e os acusados pelo assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, estavam na prisão, que fica a poucas quadras do Palácio Nacional, informou o jornal Le Nouvelliste, acrescentando que os autores do ataque espionavam a prisão com drones desde a última quinta-feira.
Continua após a publicidade
Porto Príncipe está submetida desde esse dia a ataques dos grupos criminosos que querem a renúncia do primeiro-ministro, Ariel Henry, que está fora da capital, segundo o Le Nouvelliste.
Rolar para cima