DENGUE

Após dois anos em home office dengue volta com tudo!

A capital Natal declarou que o município vive uma epidemia de dengue. A situação foi confirmada à Inter TV Cabugi pelo departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quarta-feira (11).
No final de abril, o município havia reconhecido epidemia em apenas alguns bairros da cidade.
De acordo com o departamento de Vigilância em Saúde, para o reconhecimento do momento, é levado em referência o manual do Ministério da Saúde, que considera três pontos: a linha de incidência de casos por três semanas consecutivas, o alto número de notificações por 100 mil habitantes e o crescente número de busca e atendimento nas urgências.
Diante do atual cenário, o município instalou um gabinete de crise para lidar com a epidemia da doença e tomar decisões no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika.
Além da Secretaria de Saúde, compõem o gabinete: a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana), a Secretaria de Obras e Infraestrutura (Semov), a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).
O Rio Grande do Norte também já havia confirmado epidemia de dengue no estado diante da alta de casos da doença, que em 4 meses de 2022 acumulou mais registros do que em todo o ano de 2021.
Crescimento acima de 1.000%
De acordo com o Boletim Epidemiológico das Arboviroses publicado no dia 10 de maio pela Secretaria Municipal de Saúde, Natal teve um aumento de 1.566% nos casos de dengue de janeiro a abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.
Ao todo foram 2.966 casos registrados neste ano no período contra 192 em 2021. Os casos de chikungunya – 176 contra 39 – e de zika – 13 contra 9 – também cresceram nos primeiros quatro meses deste ano.
Ao todo, o aumento nos casos de arboviroses no período foi de 1.214%, sendo 3.155 casos notificados em 2022 contra 240 em 2021.
O mês de abril foi o que acumulou o maior aumento, tendo 2.225 casos de arboviroses confirmados apenas nos 30 dias. Em março foram 673, em fevereiro 179 e em janeiro 78.
Por G1-RN

Oi sumida!

O número de casos de dengue no Brasil cresceu 43,9% nos primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério da Saúdedivulgados nessa segunda-feira (21). Entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, foram 161.605 notificações de prováveis infectados, com uma incidência de 75,8 por 100 mil habitantes.
A coordenadora do InfoDengue da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Cláudia Codeço, avalia que o cenário é de atenção.
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“No ano passado, a gente estava em baixa atividade da dengue, então o aumento em si não seria tanto. Mas se a gente compara o histórico de várias temporadas de dengue, a gente vê que se aproxima dos altos índices de 2016 e 2020”, afirmou.
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Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência, com 204,2 casos por 100 mil habitantes, seguida da Norte (97,4 casos/100 mil habitantes), Sul (49 casos/100 mil habitantes), Sudeste (47,9 casos/100 mil habitantes) e Nordeste (31 casos/100 mil habitantes). Já entre os municípios, Goiânia (GO) lidera o ranking, tendo Brasília (DF) em segundo lugar, Palmas (TO) em terceiro e São José do Rio Preto (SP) em quarto.
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Cláudia Codeço aponta que a doença avança por novos territórios. “A dengue vem surgindo e se espalhando em locais que não tinham antes, principalmente municípios de menor população na região Sul do País, no Paraná e oeste de Santa Catarina”, apontou.
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A coordenadora do InfoDengue avalia que o aumento de casos pode ter sido provocado pelo efeito da pandemia de Covid-19 nas ações de controle do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da doença, ou ainda pelo período chuvoso registrado neste início de 2022.
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Diante desse cenário, Cláudia Codeço defende que a reação deve vir do poder público e dos cidadãos. “É muito importante, do ponto de vista do poder público, fortalecer os serviços de vigilância e endemia. Muitas dessas equipes estão precarizadas, cansadas, especialmente em lugares menores com uma grande quantidade de ações. É fundamental que elas consigam fazer visitas domiciliares, algo dificultado pela pandemia”, pontuou.
Já a população precisa relembrar o cuidado básico de esvaziar pontos de água parada, como vasos de plantas, caixas d’água e piscinas.
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Até o dia 12 de março, o país registrou 154 casos graves de dengue e 1.504 com sinais de alarme – sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos na gengiva, que indicam quadro grave
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