Deu merda: Inglês que queria atravessar o atlântico numa boia fracassaPor Noticias No Face / 6 de junho de 2023 Inglês que queria cruzar Atlântico com barco de 1 m de comprimento fracassaTerminou em fracasso — e, para ele, também de forma traumática — a tentativa do aventureiro inglês Andrew Bedwell, de 49 anos, de bater o recorde da travessia do Oceano Atlântico com o menor barco de todos os tempos.Na manhã de segunda-feira da semana passada, horas após deixar o porto da cidade de St. John, na costa leste do Canadá, de onde ele pretendia navegar até a sua terra natal, no sul da Inglaterra, Bedwell decidiu abortar a travessia, quando seu minúsculo veleiro, de pouco mais de um metro de comprimento, começou a encher de água, correndo o sério risco de afundar.Ele, então, deu meia volta e tratou de retornar o mais rápido possível ao porto. Deu certo: embora frustrado com o fracasso, Bedwell chegou a tempo de evitar que seu micro barco afundasse por completo.RelacionadasMas, para ele, o pior ainda estava por vir.none“Estou arrasado”Na hora de erguer e retirar o seu micro iate do mar (que, de tão pequeno e inundado, mais parecia uma caixa d´água), o cabo do guindaste (que fora atado à estrutura do barco, não por baixo do casco) soltou e o veleiro-casulo do inglês se espatifou no chão.Não sobrou quase nada inteiro do barquinho com o qual o inglês pretendia fazer o que parecia mesmo impossível: atravessar um oceano espremido dentro de uma espécie de caixa de sapatos flutuante.“Estou arrasado”, disse Bedwell, chorando copiosamente, em um vídeo que postou em suas redes sociais, logo após o incidente.O sonho acabou“Eu esperava reparar o barco e voltar para o mar, mas, agora, não há mais como fazer isso. O sonho de atravessar o Atlântico com o meu barquinho acabou”, acrescentou o inglês, em meio a uma enxurrada de lágrimas e pedidos de desculpas.“Tanta gente me ajudou, e sinto que decepcionei a todos. Agora, com o barco destruído, nem posso nem tentar de novo”, completou.Esposa aliviadaNas redes sociais, os seguidores de Bedwell tentaram consolá-lo: “Se fosse fácil, todo mundo faria”, escreveu um deles.Já a mulher de Bedwell, que também é pai de uma menina, reagiu de outra forma:“É melhor ver você chateado do que fazer um vídeo chorando porque não voltou para casa”, disse a esposa do inglês, claramente aliviada pelo fracasso da maluquice que o marido pretendia colocar em prática.noneSem poder deitarO barquinho (não há outra maneira de definir uma embarcação com o tamanho de uma poltrona), que Bedwell pretendia usar na sua insana travessia (também não há outra forma de classificar tamanha maluquice…) tinha apenas 1m16cm de comprimento (3 pés e 10 polegadas), e foi gaiatamente batizado de “Big (“Grande”) C”.Imagem: Paul Larkin/SWNSNele, Bedwel pretendia passar cerca de dois meses (tempo estimado para fazer aquela jornada de 3.500 quilômetros no mar) confinado em um espaço pra lá de acanhado, sem poder deitar (seu plano era dormir em posição fetal) nem dar um simples passo, porque, se fizesse isso, cairia no mar.Só a cabeça para foraImagem: Arquivo PessoalEle viajaria sentado dentro da minúscula cabine, só com a cabeça para o lado de fora, navegando através de uma claraboia, e praticamente na linha d´água, como um quase submarino.Para comer, levaria sacos plásticos acondicionados dentro da quilha do casco com uma pasta alimentar a base de carne-seca e uvas passas, que ele mesmo inventara. E, para beber, usaria água do mar transformada em potável, através de um dessalinizador pra lá de portátil.A energia para os equipamentos de navegação viria de uma pequena placa solar instalada junto ao mastro, que, por sua vez, sustentaria uma micro vela — único meio de locomoção do barco.Imagem: Arquivo PessoalBanheiro não havia – até porque seria impossível instalá-lo em um barco com praticamente o tamanho de um simples vaso sanitário.Mesmo assim, era com este barquinho que Bedwell pretendia atravessar o Atlântico e bater o recorde da travessia de um oceano com o menor barco da História.Imagem: Arquivo PessoalPretendia… Até que ele começou a encher de água e fez o inglês abandonar a ideia de atravessar o Atlântico, logo após ter partido.noneMasoquismo ou simples falta de juízo?“Acho que o problema estava em algumas alterações que fiz no projeto, pouco antes de iniciar a viagem”, conjecturou o inglês, após se refazer do trauma de ver seu ultracompacto barco despencar do guindaste e se despedaçar no chão do porto canadense feito um ovo – e com o tamanho de um quase um ovo…“Foi uma cena terrível. Passei três anos preparando o Big C, levantando recursos com os amigos para construí-lo, e planejando a viagem em detalhes, para ver tudo acabar assim: com um fracasso no mar e o barco em pedaços”, disse Bedwell nas redes sociais, garantindo que, não fosse o incidente, teria alterado o barco e voltado para o mar, a fim de tentar de novo.“Agora, talvez eu faça outro barco, com o que aprendi de errado neste”, disse o inglês, que, no entanto, com exceção dos seus apoiadores, sempre foi visto com reservas pelas pessoas mais sensatas – para as quais a grande dúvida sempre foi definir o elemento motivador de Bedwell para tamanho desafio:Seria masoquismo ou simples falta de juízo?noneDe onde veio a ideia?A busca pelo recorde de “navegador do menor barco do mundo a cruzar um oceano”, sonhada por Bedwell, fez parte do seu projeto de vida de “fazer algo realmente incrível até os 50 anos de idade”, que ele completará no ano que vem – portanto, ainda há tempo para o inglês tentar de novo…A ideia veio de um livro que ele leu anos atrás, escrito pelo atual recordista da estripulia, o americano Hugo Vihlen, hoje com 91 anos de idade, que, nos anos de 1980, atravessou o Atlântico com um micro veleiro de pouco mais de um metro e meio de comprimento.Na época, Hugo Vihlen ganhou um concorrente de peso, o também inglês Tom McNally (apelidado de Crazy Sailor, ou “Velejador Maluco”), que, não por acaso, serviu de inspiração para Bedwell, já que foi a partir de um dos seus projetos de micro barcos criados pelo seu conterrâneo que o inglês decidiu construir o Big C – também não por acaso, mesmo nome de um dos barcos usados Tom McNally, no passado.Uma disputa insanaEntre as décadas de 1980 e 1990, Hugo Vihlen e Tom McNally protagonizaram uma disputa insana, para ver quem conseguia atravessar o Atlântico com o menor barco possível.Na ânsia de derrotar um ao outro, a cada nova investida, ambos passaram a reduzir, centímetro a centímetro, ainda mais os tamanhos de seus barcos.Chegaram ao ponto de serem confundidos com náufragos no oceano, e impedidos pela Guarda Costeira de partir dos Estados Unidos, com barcos tão pequenos — clique aqui para ler esta interessante história.No final, o americano levou a melhor e ficou com o recorde.Imagem: Lorraine McNallyMas, talvez, apenas por que McNally tenha morrido — de câncer, seis anos atrás —, antes de fazer uma nova tentativa.Pois era justamente isso que Andrew Bedwell queria, agora, conquistar: o recorde mundial da estranha modalidade.
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