1. O ‘boom’ sônico pode se tornar um ‘baque suave’
O objetivo da Nasa ao desenvolver o X-59 é reduzir o estrondo sônico — o estrondo que ressoa por toda parte quando uma aeronave ultrapassa a barreira do som. Os cientistas da Nasa esperam que o jato de demonstração possa provar que é possível viajar em velocidades supersônicas sem esse ruído que faz os ouvidos tremerem.
Um dos segredos para silenciar o estrondo vem do projeto do avião. O motor é montado na parte superior. O avião tem um nariz longo e estreito e uma asa esculpida para ajudar a garantir que as ondas de choque que ele cria ao acelerar no ar sejam semelhantes em força e uniformemente espaçadas ao longo da aeronave para criar um aumento gradual na pressão em vez do salto rápido que cria o estrondo alto, disse Peter Coen, gerente de integração de missão para a missão Quesst.
O estrondo sônico é de cerca de 105 PLdB, ou nível percebido de decibéis, semelhante ao som de um balão estourando ao seu lado. Em comparação, a Nasa diz que o som do X-59 será mais próximo ao de uma porta de carro batendo a seis metros de distância.
Transformar o “boom “em um “baque suave”, como a Nasa espera, também poderia melhorar a economia dos voos supersônicos comerciais. Isso poderia significar o fim da proibição dos EUA de viagens supersônicas por terra, que foi decretada devido a preocupações com o ruído. Isso, por sua vez, poderia tornar as viagens supersônicas comerciais financeiramente viáveis, pois as companhias aéreas poderiam levar aviões supersônicos para mais destinos.
O projeto e a construção do X-59 levaram cerca de cinco anos. Os testes estão em andamento e espera-se que as outras fases do projeto levem mais quatro anos. O custo total projetado é de US$ 839 milhões, segundo a Nasa.