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Assim como seu personagem, um professor que acaba governando o país, o ator, formado em direito, nunca havia se envolvido com política. Por isso, muitos interpretaram como mais uma piada quando anunciou sua candidatura, em 2019, à Presidência. Inexperiente e considerado pouco informado sobre questões geopolíticas, Zelensky, 44 anos, enfrenta a segunda grande crise em quase dois anos e 10 meses de governo. Primeiro, foi sanitária, deflagrada pelo Sars-CoV-2, que ainda infecta 40 mil pessoas por dia — apenas 35% da população está totalmente vacinada. Agora, sob a mira da Rússia, encontra-se no centro de uma nova guerra na Europa.
Esse papel, que, provavelmente, o ex-ator jamais pensou que encenaria, está sendo desempenhado com firmeza. Na sexta-feira, os Estados Unidos se ofereceram para retirá-lo da Ucrânia, diante do risco real de Zelensky e sua família serem assassinados. O presidente, porém, negou a oferta. “O inimigo me designou como alvo número um, e minha família como alvo número dois. Mas vou ficar nos aposentos do governo, junto com os outros”, disse, acrescentando: “Preciso de munição, não de carona”.
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