Suspeito de matar estudante da USP é encontrado morto em SP

Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi encontrado morto com ferimentos produzidos por arma de fogo na nuca, segundo boletim de ocorrência

24/04/2025 às 08:13 | Atualizado 24/04/2025 às 08:13

Mariana Grassoda CNN*Guilherme Rajãoda CNN , em São Paulo 

Esteliano José Madureira é apontado pela polícia como o assassino da jovem.
Esteliano José Madureira é apontado pela polícia como o assassino da jovem.

Esteliano José Madureira é apontado pela polícia como o assassino da jovem. • Divulgação/SSP-SP

Esteliano José Madureira, de 43 anos, apontado como o principal suspeito matar a estudante da Universidade de São Paulo (USP), Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (23), na Avenida Morumbi, em São Paulo.

Segundo o boletim de ocorrência, o corpo foi localizado por volta das 21h17, na confluência da Avenida Morumbi com o acesso para a Avenida Marginal Pinheiros, na Vila Andrade.

Policiais militares foram acionados para verificar a presença de um corpo envolto em uma lona azul no local. Ao abrirem a lona, encontraram o corpo de um homem com ferimentos produzidos por arma de fogo na nuca. A morte foi constatada no local.

A Justiça havia decretado a prisão temporáriade Esteliano José Madureira na noite de quarta-feira (23). O pedido de prisão foi feito pela autoridade policial, com o argumento de que havia fortes indícios de que Madureira estaria envolvido no crime.

O caso continua sob investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Relembre o caso

O corpo de Bruna Oliveira da Silva, 28 anos, foi encontrado na quinta-feira (17). Ela estava desaparecida desde domingo (13), após sair da casa do namorado, no Butantã (zona oeste), e pegar o metrô de volta para sua casa em Itaquera, onde pretendia encontrar seu filho de 7 anos que estava com o avô.

Ao chegar no terminal Itaquera, por volta das 22h, Bruna enviou uma mensagem ao namorado pedindo um Pix para solicitar um carro de aplicativo para casa, pois já era tarde.

O valor foi transferido, mas, conforme apurado, Bruna não chegou a utilizar o serviço e essa foi a última mensagem trocada com o namorado.

O cadáver foi localizado perto da Fatec Itaquera, na zona leste de São Paulo. A informação foi confirmada pela família. A vítima apresentava sinais evidentes de violência e estava muito machucada, segundo revelou a delegada Ivalda Aleixo, responsável pelo caso.

Um vídeo de uma câmera de segurança mostra a estudante da Universidade de São Paulo (USP), sendo seguida por um homem. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) divulgou, nesta quarta-feira (23), a identidade do suspeito, identificado como Esteliano José Madureira, de 43 anos, apontado pela polícia como o assassino da jovem. A SSP informou que ele não possui “nenhuma relação com a vítima”.

Deputado Coronel Azevedo critica asilo a peruana e pede anistia para presos do 8 de janeiro

Em pronunciamento durante a sessão plenária desta terça-feira (22), na Assembleia Legislativa (ALRN), o deputado Coronel Azevedo (PL) teceu duras críticas à concessão de asilo diplomático pelo governo Lula à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, e defendeu a anistia para pessoas presas pelos eventos de 8 de janeiro. O parlamentar questionou a justificativa humanitária para o asilo e a comparou com a anistia concedida a membros da esquerda em 1979.

“O governo Lula concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, esposa do ex-presidente Ollanta Humala. Os dois foram condenados pela justiça peruana e o governo mandou, de forma urgente, um avião da Força Aérea Brasileira para trazer essa condenada para o nosso país”, declarou o deputado em seu discurso.

Coronel Azevedo lembrou que, segundo delações da Operação Lava-Jato, inclusive de Marcelo Odebrecht, houve um suposto acerto de campanha para Umala envolvendo Palocci e Lula. Ele expressou indignação com o fato de o “Brasil acolher uma pessoa condenada por corrupção no Peru, enquanto o chanceler Mauro Vieira justifica a ação por questões humanitárias”.

O parlamentar traçou um paralelo com a anistia de 1979 no Brasil, “que beneficiou muitos integrantes da esquerda que praticaram atos como sequestro, assalto e assassinato”. Azevedo questionou por que Lula, “usando o argumento de questões humanitárias para o caso peruano, não liderara um movimento pela anistia de pessoas presas pelos eventos de 8 de janeiro?”, que ele descreveu como “crimes impossíveis sem o uso de armas ou liderança clara”.

O deputado argumentou que as prisões relacionadas ao ato de 8 de janeiro “são injustas, afetando idosos, cuidadores e pastores que nunca tiveram histórico criminal, com condenações de até 17 anos por um suposto atentado contra o estado de direito sem evidências concretas de violência armada”, concluiu.

https://www.al.rn.leg.br/noticia/32009/coronel-azevedo-critica-asilo-a-peruana-e-pede-anistia-para-presos-do-8-de-janeiro

Quem será o novo papa? Conheça os possíveis sucessores de Francisco

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Com a morte do papa, a Igreja Católica tem de 15 a 20 dias para organizar o conclave. Entenda como funciona o processo

Com a morte do papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira (21/4), o Vaticano e a Igreja Católica já observam o crescimento das apostas sobre quem poderá ser o próximo líder da Santa Sé. Entre os favoritos, figuram nomes de diferentes partes do mundo.

Antes de mais nada, é importante explicar como funciona o processo: com a morte de Francisco, a escolha do novo líder da Igreja ocorre por meio de um conclave, no qual apenas cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto. O processo, no entanto, é secreto e pode exigir várias rodadas de votação até que um candidato obtenha dois terços dos votos.

Francisco, por exemplo, foi escolhido em março de 2013 por 116 dos 120 cardeais após a renúncia de Bento XVI no mês anterior. Com a morte do pontífice, a Igreja tem de 15 a 20 dias para organizar o conclave — termo que vem do latim cum clavis, que significa “com chave”, referindo-se ao isolamento dos cardeais durante a escolha do novo papa.

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Quem são os favoritos?

Os principais candidatos ao papado vêm de diferentes continentes. Entre os mais cotados está o italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana. Próximo a Francisco, Zuppi tem se destacado como enviado papal em negociações de paz.

Filipino Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila

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Outro nome forte é o filipino Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila. Popular e considerado um continuador das reformas de Francisco, ele é visto como uma opção para fortalecer a presença da Igreja na Ásia.

O cardeal ganês Peter Turkson também aparece entre os favoritos. Com uma longa trajetória na Cúria Romana e defensor de pautas ligadas à justiça social, ele poderia se tornar o primeiro papa negro da história. Já o húngaro Péter Erdő, membro do Conselho para a Economia da Santa Sé, é outro nome cogitado, embora sua candidatura dependa do cenário político dentro do conclave.

E os brasileiros?

A eleição de Francisco marcou a forte influência da América Latina na Igreja, tornando-o o primeiro papa latino-americano. Embora o cenário atual seja menos favorável para brasileiros, alguns nomes são citados como possíveis candidatos.

Com a recente nomeação de novos cardeais, incluindo dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, o Brasil conta com sete eleitores no conclave. Além de Spengler, dom Leonardo Steiner e dom Paulo Cezar Costa têm direito a voto e podem estar entre as opções para o papado.

Eles podem ter alguma vantagem porque Francisco moldou o Colégio de Cardeais ao longo de seu pontificado, nomeando cerca de 80% dos eleitores que participarão do conclave. É um fator que pode influenciar a escolha do próximo papa.