Ministro russo afirma que os EUA e a Rússia estão em guerra

Sergey Lavrov ministro das Relações Exteriores do governo de Vladimir Putin disse que os Estados Unidos e outros aliados da Ucrânia estão “diretamente em guerra” com a Rússia. A declaração ocorreu no sábado, 23, depois de uma semana de negociações na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
“Você pode chamar isso do que quiser, mas eles estão diretamente em guerra conosco. Podemos chamar isto de guerra híbrida, mas isso não muda a realidade”, declarou Lavrov a uma jornalista. “Eles estão efetivamente envolvidos em hostilidades conosco, usando os ucranianos como forragem.”
De acordo com a CNN, o diplomata disse ainda que EUA, Reino Unido e muitos outros estão “travando guerra” contra a Rússia e envolvidos em hostilidades contra o país. Lavrov afirmou que os norte-americanos de outros países entregam quantidades cada vez maiores de armas à Ucrânia enquanto satélites militares e aeronaves de inteligência dessas nações também são usados contra o território russo.
Rússia invade a Ucrânia
Desde o fim de fevereiro de 2022, a Ucrânia está sob invasão da Rússia. Os russos, frequentemente, classificam o ataque como uma “operação militar especial”.
Os países que dão apoio logístico aos ucranianos, por sua vez, afirmam que ajudam o país a se defender de uma tentativa de tomada de território. Além disso, a Rússia enfrenta sanções em razão do conflito.

Reinaldo Azevedo é demitido da Folha de São Paulo

O comentarista político adiantou que coisas boas virão
Leiliane Lopes – 23/09/2023 20h10

Reinaldo Azevedo Foto: YouTube BandNews FM
O jornalista Reinaldo Azevedo surpreendeu seus leitores ao encerrar sua trajetória na Folha de S. Paulo na última quinta-feira (21). Sua despedida foi marcada por um tom enigmático, envolvendo versos da canção “O Quereres” de Caetano Veloso e insinuações sobre o motivo de sua saída.
A última coluna publicada pelo jornalista na Folha recebeu o título de “Reacionários da ‘devastidão’ se assanham contra o STF; e a última coluna”. Nela, Azevedo abordou temas como as matérias em tramitação no Congresso e os acirrados embates entre parlamentares da oposição e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia também1 Vídeo: Nuvem “engole” Caxias do Sul, e dia vira noite
2 Girão denuncia abusos do STF e governo Lula para líderes latinos
3 Flávio Bolsonaro aciona AGU contra Gleisi por críticas ao TSE
4 Som da Liberdade estreia em 1° lugar nas bilheterias do Brasil
5 Canadá: Trudeau promete apoio à Ucrânia e punição à Rússia
Além da análise política, ele fez questão de se despedir de seus leitores, mas não revelou os motivos de sua saída.
– Esta era a minha terceira jornada nesta Folha. Chega ao fim. Por quê? Não é por falta de leitores, sabemos todos. Recomendo que ouçam “Quereres”, de Caetano. Eu e o jornal nos olhamos e nos dissemos: “Eu te quero (e não queres) como sou/ Não te quero (e não queres) como és”. Vêm novidades por aí. Beijos – encerrou o jornalista.

Jogadora que se jogou do 17 andar deixou carta para marido

O corpo da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira foi velado e enterrado neste sábado (23/9), em Belo Horizonte. A atleta, de 43 anos, morreu depois de cair do 17º andar do prédio em que morava com o marido, em Cerqueira César, bairro nobre da região central da capital paulista.
Segundo o UOL, Ricardo Mendes, marido de Walewska, não fez o processo de reconhecimento do corpo da esposa. Além disso, ainda de acordo com o site, ele deixou as roupas da atleta na portaria do prédio para que a funerária recolhesse e fizesse a preparação para o velório.
O corpo da campeã olímpica Walewska chegou a Belo Horizonte na noite de sexta-feira (22/9). Ricardo Alexandre Mendes não era esperado no velório e, de fato, não compareceu.
Walewska Oliveira mandou mensagem para o marido pouco antes de morrer
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual a coluna teve acesso, Ricardo Alexandre Mendes, marido de Walewska, contou que recebeu uma mensagem da esposa minutos antes da morte. No texto, ela falou sobre o relacionamento dos dois e a decisão dele de se separar.
Ainda no B.O., foi registrado que Ricardo, com quem Walewska era casada há 20 anos, revelou que vinha enfrentando uma crise no relacionamento. Segundo ele, a relação “foi se desgastando por diversos problemas; por ela ser compulsiva por compra e ter dilapidado boa parte do dinheiro que eles conseguiram durante os anos de casados”.
Além disso, segundo o que consta no boletim, “há cerca de três anos, enquanto ela jogava vôlei em Uberlândia, durante uma conversa, a jogadora insinuou praticar ato contra a própria vida, fato que fez Ricardo ir até a cidade e ter uma conversa com os pais dela, expondo todo o problema que estava acontecendo”.
Polícia detalha o que encontrou no local da morte de Walewska Oliveira
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual a coluna teve acesso, quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos pela gestora do condomínio. A mulher informou que Walewska “tinha se jogado do 17º andar (área de lazer), caindo na sacada de apartamento do primeiro andar”.
Ainda de acordo com o registro, ao chegarem à área de lazer do prédio, os policiais encontraram sobre uma mesa uma “garrafa de vinho com uma taça, ambas com vinho pela metade”. Havia também um celular e uma pasta com uma folha sulfite, “onde foi feita uma carta que seria da vítima, aparentemente de despedida”.
No B.O. foi registrado que uma auxiliar de limpeza do condomínio afirmou ter visto Walewska Oliveira sentada na área de lazer bebendo uma taça de vinho. As duas teriam chegado a conversar rapidamente. Segundo a profissional, a atleta “não chorava e falava normalmente”.
Registrado como “morte suspeita”, o caso está aos cuidados do 78º Distrito Policial de São Paulo, nos Jardins.
Walewska Oliveira era campeã olímpica
Mineira de Belo Horizonte, Walewska nasceu em 1º de outubro de 1979 e começou bem cedo a carreira profissional no vôlei. Em 1995, já era titular como meio-de-rede no Minas, onde ficou até 1998.
A atleta era conhecida pelas companheiras como amiga de sorriso fácil. “A Wal era puro sorriso, alegria, respeitava as pessoas. Só trazer esse testemunho de quem era a Walewska fora das quadras. Dentro, todo mundo percebia a postura de uma atleta exemplar e respeitada por todos”, afirmou Fabi, ex-companheira de Walewska na Seleção.
Antes dos 20 anos, já havia sido convocada para a Seleção Brasileira sob o comando de Bernardinho. Foi uma espécie de ligação entre uma geração mais antiga, com Márcia Fu e Ana Paula, e outra mais nova, com Tainara, por exemplo.
Com o Brasil, conquistou o ouro nos Jogos de Pequim, em 2008, e bronze nos Jogos de Sydney, em 2000. Ainda ajudou a Seleção a conquistar três títulos no Grand Prix (2004, 2006 e 2008), um na Copa dos Campeões (2013) e um nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.

VÍDEO-Esquecido pelo povo Oswaldo Montenegro faz confusão em voô para voltar a mídia

Cantor se recusou a guardar um charuto que tinha em mãos
Oswaldo Montenegro causou tumulto dentro de um avião e atrasou o voo que sairia de São Paulo para Juiz de Fora, Minas Gerais, na tarde deste sábado (23/09). E o motivo, acredite, foi por causa de um charuto que ele se recusou a guardar.

O cantor ficou indignado com a ordem recebida dos comissários, que pediram respeitosamente para que ele entregasse ou guardasse o fumo. Diante da recusa, Montenegro levou uma bronca do comandante da aeronave e convidado a se retirar caso não cumprisse com as regras.

“Essa medida visa a segurança de todos nós, passageiros e tripulantes. Então, peço por gentileza ao passageiro que siga as regras de aviação. Do contrário, convido a ser retirar. E peço que seja feito o mais rápido possível, senão a gente perde nosso sequenciamento da decolagem e pode atrasar o voo”, rechaçou o tripulante após insistência do cantor em querer viajar com um charuto em mão.
Oswaldo Montenegro arruma confusão em voo

Mais doida que o doido da Korea do Norte

Quando o líder norte-coreano, Kim Jong Un, sentou-se para assinar o livro de visitas em um centro espacial na semana passada, como parte da sua importante reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, uma jovem inclinou-se casualmente sobre o seu ombro para ler a mensagem.

Entre a variedade de funcionários, em sua maioria homens, agrupados em torno dos líderes mundiais, ela imediatamente se destacou. A mulher era Kim Yo Jong – irmã mais nova do líder norte-coreano e uma das mais importantes conselheiras políticas do país.
CNN Brasil LogoCNN WhatsApp
Receba, em primeira mão, as principais notícias da CNN Brasil no seu WhatsApp!
Inscrever-se
Desde que ganhou destaque internacional em 2018, com uma visita histórica aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul – o primeiro membro da sua família desde o fim da Guerra da Coreia a pisar no Sul – ela se tornou uma porta-voz chave do regime.

Leia Mais



Kim Jong Un ganha coletes à prova de balas e drones de presente ao deixar Rússia




Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, é promovida ao principal órgão do país




Documentário da Coreia do Norte mostra Kim Jong Un “enfrentando dificuldades”

E com a língua afiada. Como escreve Sung-Yoon Lee, membro do Centro Internacional Woodrow Wilson para Acadêmicos em seu novo livro, “The Sister”, Kim Yo Jong é a “chefe da censura, porta-voz, zombadora e dispersadora de ameaças e malícia” de sua nação.
A CNN entrevistou Sung-Yoon Lee sobre a notável ascensão de Kim Yo Jong na sociedade altamente patriarcal da Coreia do Norte e quanto poder ela realmente exerce além da conversa dura. As opiniões expressadas aqui são dele.
CNN: De todos os membros da Dinastia Kim, por que você escolheu focar em Kim Yo Jong em seu livro?
Sung-Yoon Lee: Kim Yo Jong é a primeira figura feminina proeminente e poderosa a emergir no cenário político brutal e dominado pelos homens da Coreia do Norte, governado pela família Kim durante 75 anos.
Desde 2020, ela governa de fato como a número dois da realeza na dinastia, perdendo apenas para seu irmão, Kim Jong Un.
Jovem, fotogênica, inteligente e ácida, a Sra. Kim parece exercer poder real – com um toque verbal injurioso. Ela tem tendência a fazer ameaças de ataques nucleares contra o Sul e é, sem dúvida, a mulher mais poderosa da Coreia do Norte atualmente.

A irmã de Kim Jong Un está ao lado do líder norte-coreano no Cosmódromo Vostochny, na região de Amur, na Rússia, em 13 de setembro de 2023 / Kremlin
CNN: O que sabemos sobre a infância de Kim Yo Jong? E o relacionamento dela com o irmão?
Sung-Yoon Lee: A mais nova dos sete filhos de Kim Jong Il, o anterior líder supremo, ela era adorada pelos pais desde o nascimento. Tanto a mãe quanto o pai a chamavam de “doce princesa”. E o pai a fazia sentar ao lado dele em todas as refeições em família, de acordo com um ex-chef da família.
Ela passou quatro anos de sua infância, dos nove aos 13 anos, morando com seus dois irmãos na Suíça (Kim Jong Un e Kim Jong Chol), período durante o qual formou um vínculo estreito com Jong Un, o futuro líder.
Em vídeos norte-coreanos, os irmãos Kim costumam sorrir um para o outro como se estivessem reafirmando seu vínculo.
Mesmo durante os eventos formais de seu irmão, ela cuida despreocupadamente de seus próprios interesses em segundo plano, enquanto todos as outras autoridades sêniores ficam atentos diante de seu irmão. Claramente, ela ocupa uma posição única na hierarquia do seu país.
CNN: Como começou a Dinastia Kim?
Sung-Yoon Lee: Na história oficial da dinastia Kim, Kim Il Sung, fundador do estado e avô dos irmãos Kim, libertou praticamente sozinho a nação coreana do domínio colonial japonês em 1945. Como? Ao travar uma guerra de independência aos pés do monte Paektu, uma montanha majestosa que se estende pela fronteira do norte com a China e, na mitologia coreana, é o berço da nação étnica coreana.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in (à direita) aperta a mão de Kim Yo-Jong (no meio), irmã do líder norte-coreano Kim Jong-Un, em 2018 / Handout/South Korean Presidential Blue House
É uma afirmação extremamente exagerada, pois Kim Il Sung era apenas um oficial subalterno do Exército Soviético que, após a rendição do Japão, principalmente graças aos EUA, foi nomeado por Stalin para ser o líder do Norte Comunista.
A Coreia do Norte apropriou-se politicamente desta mitologia e tornou-a na própria fonte de legitimidade da dinastia Kim; isto é, teceu uma narrativa fictícia de que Kim Il Sung é o salvador e sua progênie também é dotada de tais poderes sobrenaturais.
CNN: Em 2018, Kim Yo Jong participou dos Jogos Olímpicos de Inverno da Coreia do Sul com uma mensagem de paz. Como a linguagem dela mudou desde então?
Sung-Yoon Lee: Tendo encantado grande parte da Coreia do Sul como estreante no cenário internacional dos Jogos de Inverno de Pyeongchang em fevereiro de 2018, ela passou por uma metamorfose de personagem; isto é, ela transformou-se dramaticamente de uma princesa arrogante, mas não descortês, de Pyongyang, para uma líder por vezes desbocada da monarquia brutal, de estilo medieval e absoluta que é a sua dinastia.
Ela ridicularizou o gabinete presidencial de Seul (comparando-o a um “cachorro assustado latindo” ou a “idiotas” que papagaiam os EUA) e chamou Joe Biden de “senil”. Esses contrastes e o poder quase absoluto que ela parece exercer fazem dela uma fascinante figura política contemporânea.
Kim Jong Un (esquerda) e sua irmã, Kim Yo Jong, em evento em 2018Kim Jong Un ao lado de sua irmã, Kim Yo Jong / Foto: Summit Press Pool/Getty Images
CNN: Mas é só conversa? Quais são alguns exemplos do poder que ela exerce?
Sung-Yoon Lee: Em junho de 2020, ela emitiu uma declaração por escrito apelando à Coreia do Sul para aprovar uma nova lei que criminaliza o envio de folhetos, dinheiro, medicamentos, pasta de dentes, etc., através da fronteira para o Norte. Durante décadas, desertores e outros ativistas dos direitos humanos enviaram os materiais para o Norte, geralmente em balões.
Horas depois da diretriz da Sra. Kim, o Sul disse que iria cumprir. A nova lei foi aprovada em dezembro, face às crescentes críticas de grupos cívicos do Sul e de organismos internacionais, incluindo as Nações Unidas.
Lord David Alton, um membro sênior do Parlamento Britânico, chamou a nova legislação do Sul de “lei da mordaça”. No entanto, a então administração sul-coreana, que gozava de uma maioria absoluta no seu parlamento, prosseguiu. É o primeiro caso bem-sucedido de o Norte alargar a sua censura sufocante através da fronteira até ao Sul – um feito que nem mesmo o avô, o pai ou o irmão dela conseguiram.
Em junho daquele ano, ela também ameaçou explodir o Gabinete de Ligação Conjunto Norte-Sul localizado a norte da fronteira coreana e construído inteiramente com fundos sul-coreanos. Dias depois, ele foi demolido. Escrevo explicando melhor sobre os dois episódios no livro.
Kim Yo Jong em Hanói / 28/2/2019 REUTERS/Leah Millis
CNN: É tão difícil reunir informações sobre a família – como você pesquisou para seu livro?
Sung-Yoon Lee: Estudei e ensinei sobre a Coreia do Norte durante 20 anos. Li praticamente tudo o que foi publicado sobre Kim Yo Jong e sua família em coreano (incluindo fontes norte-coreanas), chinês e inglês. Assisti a centenas de horas de filmagens norte-coreanas e li milhares de artigos e declarações norte-coreanas para escrever este livro.
E entrevistei pessoas que conheceram Kim Yo Jong e também ex-funcionários do alto escalão norte-coreanos que desertaram.
CNN: O que o futuro reserva para Kim Yo Jong? O poder inevitavelmente passa para a próxima geração depois de seu irmão?
Sung-Yoo Lee: Por convenção, o poder deveria passar para um dos filhos de Kim Jong Un, em vez de para seus irmãos. Mas Kim Yo Jong, como irmã ousadamente assertiva do líder supremo, é uma novidade. O que está no futuro dela? Ela algum dia assumirá a liderança máxima? É uma questão para a qual não pode haver uma resposta assertiva. Mas também não é totalmente irracional.
As memórias do inverno rigoroso de 2013, quando os irmãos Kim publicamente humilharam e mataram o seu tio, Jang Song Thaek, sublinham a crueldade do regime.
Afinal, sua dinastia é a mais estranha do mundo.