
Com o passar do tempo, nossa relação foi ficando cada vez mais conturbada, mas ainda assim decidimos nos casar. Meses depois, optei por me separar e comecei um romance com outra pessoa — que havia conhecido na piscina do hotel onde passei minha lua de mel.
Meu começo de vida foi atribulado. Semanas depois de nascer, fui internada em um hospital por desnutrição. A mulher que me gerou, muito humilde, intercalava entre viver pelas ruas e se hospedar em casas de parentes. Ela não me amamentava e nem substituía o aleitamento adequadamente, por isso não me desenvolvia conforme o esperado. Tive problemas de saúde e passei semanas hospitalizada.
Percebendo a situação, uma das auxiliares de enfermagem do local, que era solteira, conversou com a minha mãe biológica e, com o seu consentimento, decidiu me adotar. Desde então, fez de tudo por mim: mesmo exercendo a maternidade solo, tinha três empregos para manter a casa. Ela contava com a ajuda da minha vó, que estava sempre por perto. Ela nunca me escondeu que não era sua filha biológica.