Você já imaginou que um dos alimentos mais perigosos do mundo está presente no prato de 500 milhões de pessoas? A mandioca, também conhecida como macaxeira ou aipim, é um exemplo fascinante de como um ingrediente comum pode esconder riscos mortais.
Nativa da América do Sul e hoje cultivada em regiões tropicais do mundo inteiro, essa raiz é a terceira maior fonte de carboidratos nos países em desenvolvimento. A Nigéria lidera a produção global, mas seu consumo se estende da África à Ásia e às Américas. O que a torna tão perigosa, porém, é a mesma característica que a mantém como base da dieta de tantos: sua capacidade de sobreviver em condições extremas.
O Perigo Escondido na Raiz
A mandioca carrega um segredo letal em sua composição. Suas raízes, cascas e folhas contêm substâncias que produzem ácido cianídrico — um composto tóxico capaz de causar envenenamento e até a morte. Existem duas variedades principais: a mandioca doce, com níveis mais baixos de cianeto (cerca de 20mg por quilo), e a mandioca brava, que pode chegar a concentrações 50 vezes maiores. A diferença está na adaptação da planta: variedades mais amargas são resistentes a pragas, ideais para cultivos em solos pobres, mas exigem preparo cuidadoso antes do consumo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 200 mortes por ano estão ligadas ao consumo inadequado da mandioca. Além do risco fatal, a ingestão de cianeto em doses subletais está associada a problemas neurológicos, como a ataxia, que afeta a coordenação motora. O perigo aumenta em períodos de escassez de alimentos, quando populações vulneráveis recorrem à variedade brava por ser mais acessível. Em 2017, durante a crise econômica na Venezuela, o jornal El Paísrelatou casos de mortes de famílias que consumiram a raiz sem o processamento adequado para combater a fome.
Como Transformar o Veneno em Alimento
A chave para tornar a mandioca segura está em técnicas ancestrais de preparo. Comunidades tradicionais desenvolveram métodos como descascar, fermentar, secar ao sol e cozinhar a raiz por longos períodos. Um dos processos mais comuns é a imersão em água por até 24 horas, que ajuda a liberar o cianeto. Na África, por exemplo, a mandioca brava é transformada em garri, um produto fermentado e torrado, ou em fufu, uma massa cozida. No Brasil, a farinha de mandioca passa por etapas de lavagem e torração que neutralizam as toxinas.
Essas práticas mostram a habilidade humana de domesticar até os ingredientes mais hostis. Assim como o fugu (baiacu japonês), que exige chefs especializados para remover suas vísceras venenosas, a mandioca prova que o conhecimento tradicional é vital para sobreviver. Mesmo com riscos, sua popularidade persiste: são produzidas mais de 300 milhões de toneladas anualmente, garantindo segurança alimentar em regiões com poucas opções agrícolas.
A próxima vez que você provar um bolinho de aipim ou uma tapioca, lembre-se: por trás desse alimento versátil está uma história de sobrevivência, inovação e respeito aos limites da natureza.
Adotar uma criança é algo incrível, mas pode ser complicado também. Ficamos entusiasmados com a ideia de como a vida daquele pequeno mudará, mas não percebemos que o processo de adoção pode ser uma montanha-russa. Criar um filho nunca é fácil, mas os pais adotivos têm a tarefa adicional de superar conversas difíceis e dar o amor que a criança precisa após ser abandonada. Por isso, compilamos algumas histórias inspiradoras de pais que adotaram. Esses seres corajosos, pacientes e amorosos, dispostos a amar aqueles que realmente deles precisam, são, de fato, pessoas admiráveis!
Vivemos sem filhos por 8 anos e percebemos estar prontos para a adoção. Queríamos dois meninos entre 2 e 3 anos, mas, por alguma razão, nos ofereceram, logo de cara, um garoto de 6 anos e nos informaram um pouco sobre seu destino infeliz. Não íamos aceitar, pois o que ouvimos era horrível. No entanto, quando meu marido e eu vimos a foto, nos entreolhamos e entendemos que ele era para a gente. Na foto, não havia nenhum garoto bonito: ele era um pouco careca, com orelhas de abano e sorriso desdentado. Só que, de repente, sua história, sua condição, os problemas passados e futuros perderam a importância. Havia um sentimento claro de que aquele menino pertencia à nossa família.
Decidi contar a história do meu amigo Ramiro, que se tornou pai adotivo em 1995. Ele era motorista, casado com Teresa e tinha um filho. Sua esposa foi dar à luz sua filha. No hospital, uma adolescente abandonou seu bebê, uma criança chorona e doente, e a esposa de Ramiro, em um primeiro momento, a alimentou. O bebê seria levado para uma casa de acolhimento de crianças, mas como era recém-nascido, a pedido de Teresa, o deixaram mais um tempo, dizendo que o levariam em três dias. Era primavera e onde moravam não havia ruas asfaltadas, chovia muito e o acesso era difícil. Ramiro trouxe a filha e o bebê abandonado para casa, mas não achou que seria permanente. Acreditava que, quando as chuvas cessassem, levariam o bebê para uma instituição de acolhimento. No entanto, quando foram buscar o bebezinho, ele havia adoecido e acharam melhor não tirá-lo dali. Teresa já havia dito na época que não permitiria que o levassem. Foi quando o chamou de filho pela primeira vez. Ramiro e Teresa se candidataram à adoção, tinham uma boa família, então não tiveram grandes dificuldades. Recentemente, Ramiro disse que, quando Sérgio (foi o nome dado ao garoto) tinha 8 anos, um vizinho “gentil e honesto” lhe contou tudo. O menino a princípio se calou, depois perguntou aos pais que não mentiram, lhe contaram toda a verdade. Sergio ficou em silêncio por um longo tempo e depois disse: “Bem, agora pelo menos entendo por que todo mundo tem pele clara e eu sou moreno”.
Minha irmã e seu marido são estéreis, então, decidiram adotar uma garotinha de uma casa de acolhimento, muito quieta e submissa. Ao vê-la, a sogra exclamou: “Muito obrigada! Na minha velhice, não cuidarei de meus próprios netos, mas dos filhos enjeitados de outras pessoas! Nem sabemos se essa órfã tem alguém da sua família”. O casal a acalmou, disseram-lhe que tudo o que estava falando era culpa do estresse. Cinco anos se passaram, mas a avó não conseguia aceitar a neta adotada. Inclusive, chegou a comprar presentes de Natal apenas para os filhos de sua filha mais velha, seus netos de sangue. Para não magoar a criança e não entrar em discussões absurdas, minha irmã reduziu ao máximo a comunicação com a sogra.
O que o motivaria ou o faria hesitar em adotar uma criança? Quais obstáculos acredita que os pais adotivos precisam superar ao criar filhos adotivos?
A adoção é um ato de amor e responsabilidade. Este gesto transforma a vida das crianças ao lhes oferecer estabilidade emocional, oportunidades de crescimento e desenvolvimento, além de um ambiente seguro e acolhedor. Para os adotantes, é uma chance de formar uma família e vivenciar o amor incondicional. Conheça outras histórias de adoção e se emocione ainda mais.
Pais da criança passaram a compartilhar registros nas redes como forma de desmistificar a doença Além do volume de cabelo, Adik nasceu sem nariz e precisou ser operada para abrir canais de respiração logo após o parto. De acordo com o site The Mirror, a ‘síndrome do lobisomem’ pode aparecer imediatamente após o nascimento ou pouco mais tarde, ainda na primeira fase da infância. Com causa desconhecida e sem tratamento, afeta homens e mulheres igualmente. Sintomas da ‘Síndrome do Lobisomem’ Anuncios Apesar de chamar atenção, a condição não impede o desenvolvimento normal e saudável da criança. O sintoma é o surgimento de pelos pelo corpo em grande quantidade e em diferentes espessuras. Algumas vezes, eles começam a crescer em locais onde não são comuns, como no centro do rosto e bochecas. Existe cura para a ‘Síndrome do Lobisomem’? Não há a cura para a síndrome. Pacientes portadores da doença costumam realizar procedimentos estéticos para retirar os pelos, como o uso de laser ou cera. Anuncios Um vídeo publicado no TikTok acumula mais de três milhões de curtidas. Preocupados com o preconceito que a menina já sofre, os pais Roland Jimbai, de 47 anos, e Theresa Guntin, 28, antes tinham receio de levá-la à rua, devido aos olhares curiosos e declarações desagradáveis que já ouviram. Anuncios
No entanto, com o passar do tempo, o casal decidiu fazer justamente o oposto. Agora, eles publicam vídeos e fotos de Adik na internet e costumam passear com ela em tentativa de desmistificar a doença. O Globo