Vários grupos de manifestantes contrários ao resultado das eleições que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se mantém em vigílias constantes em frente a todos os quartéis do Exército espalhados pelo país.
Compostos por famílias e com gente de todas as idades e classes sociais, os grupos agem de modo pacífico e ordeiro.
Os movimentos atraem vários vendedores ambulantes. Além das bandeiras do Brasil e acessórios nas cores verde e amarelo, é possível comprar comida e bebida.
Os primeiros manifestantes começaram a se aglomerar nos protestos em frente aos quartéis na segunda-feira 31 — ou seja: no dia seguinte ao segundo turno das eleições de 2022. Eles planejam continuar nos protestos até que o resultado da disputa seja revisto.
Para manter a estratégia ativa, uma série de barracas foram montadas e estão recebendo doações de água e de alimentos como pães e bolachas. Além disso, o fluxo é constante. Enquanto uma parte dos manifestantes mantém a vigília no local, a outra vai para o trabalho ou mesmo para casa descansar.
O resultado que levou aos protestos
Nas eleições de domingo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, Lula recebeu 50,9% dos votos válidos contra 49,1% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Pelos registros da Corte, eles tiveram 60 milhões e 58 milhões de votos, respectivamente.
Ao mesmo tempo, quase 38 milhões de eleitores não escolheram nenhum dos dois candidatos no último domingo, somando a quantidade dos que não votaram com os votos nulos e em branco.