Ministra de Lula gastou 1 milhão em GRAFICA fantasma

Uma reportagem do portal Metrópoles tentou localizar duas gráficas que teriam prestado serviços de campanha para Daniela do Waguinho — eleita a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro, pelo União Brasil —, mas encontrou um local de coworking e um frigorífico de carnes. Daniela hoje é ministra do Turismo do governo Lula.
No coworking, onde funcionaria a Rubra Editora, a reportagem foi informada que o endereço recebia apenas correspondências e encomendas. No frigorífico, local indicado para a Printing Mídia Ltda, vizinhos negaram que uma gráfica tenha funcionado no endereço.
O portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta a contratação de cerca de R$ 561 mil da Rubra Editora e R$ 530 mil da Printing Mídia. Os valores pagos às gráficas, que compõem os dois maiores custos da campanha, totalizam R$ 1,092 milhão.
Segundo a reportagem e registros de CNPJ das empresas, o dono de ambas gráficas é Filipe de Souza Pegado, que atuou como assessor no setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo em 2021. Belford Roxo é o curral eleitoral de Daniela e do esposo, Waguinho, prefeito reeleito do município em 2020.
Relação com milicianos
Daniela do Waguinho já enfrenta uma crise de imagem no começo do governo: ela teve a campanha de 2018 apoiada pelo ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.
Jura também foi nomeado, em 2017, como assessor na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela.
Em sua defesa, a ministra afirmou que “apoio político não significa que ela compactue com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito”.

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