Guerra de outubro

Jair Bolsonaro passou a chamar a eleição presidencial de “guerra de outubro”. Fez isso ontem numa recepção a oficiais militares, durante a troca de guarda no Ministério da Defesa.
Bolsonaro retirou do Comando do Exército o general Paulo Sérgio Nogueira. Ele assumiu o ministério no lugar de Walter Braga Netto, general na reserva, responsável por engajamento político da Defesa numa escala sem precedentes desde a redemocratização.


O Comando do Exército agora está com Marco Antônio Freire Gomes, aspirante da Cavalaria da turma de 1980 na Academia Militar das Agulhas Negras, época em que Bolsonaro servia em Nioaque, Mato Grosso do Sul, e, nos intervalos, se dedicava à agricultura. Freire Gomes foi promovido a general em julho de 2018, no governo Michel Temer.
O ex-ministro Braga Netto terminou a semana nomeado como “assessor especial” no Palácio do Planalto. Bolsonaro tem indicado que deverá ser o seu candidato a vice-presidente, mas, aparentemente, ainda não obteve aval dos aliados políticos.
“O meu colega de turma, um ano mais moderno, se afasta nesse momento, não é surpresa com quais objetivos” — disse referindo-se ao ex-ministro. E ressaltou sua preferência: “Alguns falam em nomes que podem facilitar a guerra de outubro, mas ficará longe da governabilidade e da garantia de um bem maior para todos nós.”
Em tese, Braga Netto poderia permanecer na função de assessor até 90 dias antes da eleição. É provável, porém, que seja confirmado ainda neste mês.

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