Relembre o caso
Mary Hellen, de 22 anos, foi presa com outros dois brasileiros no aeroporto de Bangkok, capital da Tailândia, transportando 15,5 kg de cocaína em três malas – uma carga avaliada em cerca de R$ 7 milhões pelas autoridades.
A família da jovem, que é natural de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, veio a público pedir ajuda para encontrar defensores para a jovem, que segundo eles nunca havia saído do país e, agora, temia pela vida, já que a legislação do país asiático prevê até mesmo pena de morte para condenados por tráfico.
“O que a gente mais recebeu de pergunta é: Vai ser pena de morte? Vai ser perpétua? Enfim, e o que eu tenho a dizer para vocês hoje é: o mundo precisa ir na contramão de penas desumanas, a pena da Mary Hellenfoi de aproximadamente 9 anos, sendo dois anos de pena civil, que não é penal”, explicou a advogada da brasileira, destacando que parte da pena deve privar Mary Hellen apenas de direitos, e não de liberdade.
“Sete anos inclusive são compatíveis com o regime brasileiro. (…) Hoje a minha alegria em particular é que é uma pena considerada possível, inclusive aí para o pedido de extradição”, completou a defensora em seus stories no Instagram, comemorando o resultado do julgamento.
Uma mulher suspeita de aliciar a mulher e mais dois brasileiros, que partiram com as malas do aeroporto de Curitiba no início de fevereiro, foi presa em uma operação da Polícia Federal em 5 de maio. A suspeita é de que ela operava um esquema de tráfico internacional desde antes da pandemia de covid-19.