Jovem é batizada na represa onde o noivo morreu!

A Represa de Itupararanga, em Votorantim (SP), poderia ter simbolizado um trauma incurável para Larissa Campos, de 26 anos. Afinal, esse foi o local onde ela viu seu noivo, o empresário João Guilherme Fadini, morrer afogado. No último dia 1° de maio, no entanto, aquelas águas viraram um local de renascimento para a jovem, que retornou ao lugar para se batizar.

Larissa ao lado do noivo, João Guilherme Foto: Arquivo Pessoal
Em agosto de 2020, quando João Guilherme morreu afogado na represa, ele tinha acabado de pedir Larissa em casamento. Na ocasião, os dois chegaram inclusive a fazer fotos juntos antes do momento trágico acontecer. Ao retornar ao local após quase dois anos para ser batizada, a jovem classificou o momento como “um divisor de águas” em sua relação com Deus.batismo foi um verdadeiro divisor de águas em [minha] relação com Deus. Nas mesmas águas que eu perdi a vida interior, foi onde, através do batismo, desejei renascer. Foi exatamente esse o sentimento – relatou a jovem ao portal G1.

Larissa Campos se batizou no mesmo lugar onde o noivo morreu Foto: Arquivo Pessoal
A transição entre o momento trágico e a aceitação de retornar ao local para se batizar, porém, não foi fácil. De acordo com Larissa, por diversas vezes ela chegou a ligar para seu pastor avisando que não conseguiria voltar a visitar a represa. A jovem diz que não imaginava que pudesse ter forças para encarar o retorno, mas entendeu que aquela dor servia a “um propósito maior”.
– Eu nunca planejei voltar para aquela margem, nunca ousei pensar que conseguiria pisar naquele lugar novamente. Sinceramente, eu não imaginava que teria forças suficiente para isso, mas eu sempre soube que essa dor tinha um propósito maior – contou.
Jovem Larissa Campos sendo abraçada pelo pastor Foto: Arquivo Pessoal
Atualmente, a jovem está escrevendo um livro sobre sua história e pretende lançá-lo em breve. De acordo com ela, o objetivo é mostrar que é possível encontrar recomeços mesmo em meio ao momento de sofrimento, como aquele pelo qual passou.
– Quando o Gui morreu, ele me deu a mais profunda e viva história para que eu pudesse narrar. Ele realizou meus sonhos mesmo quando já não estava mais aqui. Quero que minhas dores levem conforto para outras pessoas, que cada lágrima regue um jardim de esperança por onde eu passar – completou.

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