A reportagem do Metrópoles tentou, por dois dias seguidos, marcar uma consulta com o doutor peludo e infectologista no Núcleo Cardiológico de Brasília (NCB), clínica particular no Sudoeste, bairro nobre da capital federal. Apesar de Lino conhecido como o doutor peludo dizer que as filmagens foram feitas durante o expediente, não há evidência de que as gravações tenham ocorrido no local.
Nesta terça-feira (24/5), o administrador da unidade de saúde informou que o especialista havia sido desligado do corpo médico da instituição particular. “O Dr. Lino ou doutor peludo não trabalha mais na clínica e sobre essa denúncia no CRM não tenho conhecimento e nem fui notificado”, afirmou Josué Cardoso.
Um recado foi deixado na unidade de saúde para que o doutor peludo retornasse as ligações da reportagem, mas sem sucesso. Houve tentativa de contato também por meio das redes sociais, igualmente sem retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Acionado, o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) adiantou que um procedimento vai apurar a conduta ética do profissional de saúde. A investigação, porém, ocorrerá em caráter sigiloso. “O CRM-DF investigará a denúncia através de uma sindicância. O procedimento correrá em sigilo para verificar se há indícios de infração ética”, afirmou.
Conscientização
Ativista no combate à disseminação do HIV/Aids,Christiano Ramos, que preside a organização não governamental Amigos da Vida, criticou a postura do profissional de medicina. Segundo ele, a prática, por mais que seja consentida, reforça a combatida irresponsabilidade sobre o sexo sem proteção.