Embora o ato seja claramente proibido em seus termos de serviço, nos últimos anos a empresa adotou uma abordagem leve contra o compartilhamento de senhas, sem nunca ter feito nada para impedir que os usuários fizessem isso. Para muitos de seus clientes, a possibilidade de dividir as contas com a família e com colegas era uma vantagem de assinar a plataforma de streaming em vez de serviços de televisão pagos.
Nos últimos meses, contudo, a empresa viu uma queda em sua receita e uma redução no número de assinantes pela primeira vez em 10 anos. Como resposta, além de criar o plano básico com anúncios para atrair novos clientes, a Netflix decidiu também restringir o compartilhamento de contas e senhas entre pessoas que não vivem na mesma residência.
A companhia decidiu testar algumas dessas medidas em países da América Latina, como Peru, Chile e Costa Rica.
Nesses países o sistema detecta automaticamente quando uma pessoa entrava na conta em um dispositivo que não estivesse na residência principal da família, e pedia ao usuário para que criasse sua própria assinatura ou pagasse uma taxa extra de compartilhamento.
Os valores de $2.99 USD na Costa Rica, $7.9 PEN no Peru e $2380 CLP no Chile ficavam entre 30% a 40% do preço do plano mais barato da época em cada país. Em todos os três ainda não houve a criação de um plano básico com anúncios.
Ainda não está claro o que a Netflix decidiu fazer para se tornar mais rigorosa com o compartilhamento das contas em outros lugares. Pode ser que a empresa esteja desenvolvendo sistemas similares para os outros países em que atua, ou que tenha criado uma nova solução. Também não está claro como o serviço irá incentivar o usuário a comprar novas contas. Uma coisa é fazer com que ele pare de assistir de maneira irregular, a outra é converter esse usuário para uma nova compra.