Ausência do papudinho na China traz prejuízos bilionários ao Brasil

Ausência de Lula na China adia contratos bilionários entre empresas –
 Não há previsão para viagem de Lula à China, diz médico  -  O Antagonista
Não há previsão para viagem de Lula à China, diz médico Imagem: O Antagonista
O cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a China leva empresas privadas a também suspender o anúncio de contratos que seriam assinados com parceiros de Pequim nesta semana.
A visita de estado amplamente aguardada pelos dois lados foi adiada depois que a equipe médica do presidente recomendou que ele não embarcasse por conta de uma pneumonia.
Inicialmente, todos os acordos governamentais que seriam assinados foram suspensos, afetando mais de 20 atos. Mas a esperança era de que, no setor privado, os contratos fossem mantidos. De fato, o Palácio do Planalto recomendou aos organizadores dos eventos que mantivessem a agenda, principalmente no capítulo comercial.
Mas a ausência de Lula levou os empresários a repensar a estratégia. Muitos querem assinar os novos entendimentos e anúncios de investimentos diante dos presidentes dos dois países e estão optando por esperar até uma eventual nova visita.
Um deles foi a Suzano, que sinalizou para membros do governo de que iria esperar para anunciar seu novo acordo. Empresas como a Embraer também podem aguardar uma visita para apontar para eventuais novos contratos e investimentos. Segundo fontes do governo, outros empresários também indicaram a mesma tendência.
Já o contrato da chinesa BYD para ficar com a fábrica da Ford na Bahia também ainda precisará de mais tempo para ser concluído e deve ficar para um segundo momento. A empresa americana fechou suas fábricas no Brasil em 2021 e, agora, a montadora chinesa quer ficar com os espólios da Ford.
Durante a preparação da viagem, no mês passado, a esperança do governo era de que esse seria um dos contratos assinados.
Apesar do adiamento dos contratos, Jorge Viana, presidente da Apex, destaca que a forte presença de empresários brasileiros na China e a manutenção dos eventos nos próximos dias são sinais de que a relação entrou em uma nova fase.
Sua ideia é a de atrair investimentos chineses para permitir a reindustrialização do país. Hoje, segundo ele, o capital acumulado pela China no Brasil é de US$ 30 bilhões. Mas o valor seria pequeno diante dos mais de US$ 2 trilhões que as empresas chinesas investem pelo mundo. A esperança de Viana é de que o valor dos investimentos de Pequim possa chegar a US$ 150 bilhões ou US$ 200 bilhões nos próximos anos.

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