James Cameron visitou o Titanic mais de 30 vezes com submarino soviético

James Cameron, diretor de Titanic (1997), fez 33 viagens até os destroços do navio, que afundou em 1912. Na época, ele decidiu utilizar o submarino MIR, que era operado pela Academia de Ciências Russa , parecia uma espaçonave e tinha contato com a superfície, além de outros recursos que garantiam o máximo de segurança possível nas expedições. A estrutura era bem diferente da do Titan, submersível que desapareceu no último domingo (18).
Construído em 1987 por uma empresa finlandesa, o MIR teve supervisão científica e técnica do Instituto Chirchov de Oceanologia da Academia Russa de Ciências, localizada em Kaliningrado. O submarino foi construído para exploração dos oceanos, pesquisas científicas e operações de resgate em grande profundidade.
A primeira viagem da embarcação aconteceu naquele ano, para explorar justamente os escombros do Titanic. Diferentemente do Titan, o MIR 1 e o MIR 2, hoje descomissionados, eram compostos de três veículos autônomos e cada um tinha capacidade de levar três pessoas.
Operados remotamente, podiam descer até 6 mil metros de profundidade, com sistemas de iluminação, braços robóticos e câmeras de alta definição. Já sua cabine, era uma esfera de 5 cm de espessura feita de uma mistura de níquel e aço, com diâmetro interno de 2,1 metros. No total, o submarino media 7,8 metros e pesava 18,6 toneladas.
De acordo com a revista Quem, os embarcados do MIR 1 utilizavam rádio VHF para se comunicar com a superfície. Enquanto isso, o MIR 2 tinha duas unidades de sonar de imagem com alcance de 250 metros, para visualizar objetos próximos e ter sua distância medida. O recurso também permitia que se medisse a distância até o fundo do mar com precisão.
Submarino que desapareceu no fundo do oceanoSubmarino Titan, que desapareceu no domingo (18). Foto: Divulgação
A tecnologia utilizada pelos antigos submarinos voltou a repercutir depois que o submersível Titan desapareceu no Oceano Atlântico. Especialistas se questionaram em relação à segurança da embarcação, que era operada por um joystick parecido a um controle de videogame e que custaria cerca de R$ 830.
A OceanGate, empresa de turismo marítimo responsável pela expedição, também optou por não “classificar” a embarcação, prática que visa garantir que um produto atenda aos padrões técnicos minimamente aceitos.
Na tarde desta quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que encontrou destroços do submarino Titan e a empresa anunciou que os cinco tripulantes morreram. A embarcação perdeu o contato com a base cerca de 1 hora e 45 minutos após iniciar a descida rumo aos escombros do Titanic.

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