O dono da 123 Milhas manda recado para os clientes “ Si RÉI PÁ LÁ”

Sócio da 123Milhas, Ramiro Madureira culpou um modelo de negócios “equivocado” como causa da bancarrota da empresa que afetou milhares de pessoas. Durante depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras, ele pediu desculpas aos clientes lesados.
Não há como de deixar de nos desculpar novamente com todos aqueles que foram prejudicados por um modelo de negócios, por uma linha de negócios que se mostrou equivocada.

Ramiro Madureira, sócio e diretor da empresa 123Milhas
Os erros da 123Milhas
Antes de prestar depoimento, os donos da 123Milhas haviam faltado duas vezes. O diretor chegou a pedir audiência com o ministro do Turismo no mesmo dia e hora do compromisso com a CPI para ter uma desculpa para faltar.
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Ele chegou a ser proibido de deixar o país até ser ouvido pela comissão. Houve inclusive ameaça de condução coercitiva, medida que seria acionada em caso de falta nesta quarta-feira.
Ramiro Madureira associou a quebra da 123Milhas a uma leitura errada do setor aéreo aéreo nacional. Ele declarou que o mercado ficou aquecido como na alta temporada, diferentemente do esperado pela empresa.
O diretor afirmou que o problema se deu na categoria promo —que responde por 15% dos negócios. Trata-se de uma venda em que o cliente aceita viajar um dia antes ou depois da data escolhida. A flexibilidade permitiria comprar passagens mais baratas.
Acreditávamos que o custo [da passagem] diminuiria com o tempo à medida que ganhávamos eficiência na tecnologia da sua operação [sistema de compra] e que o mercado de aviação fosse se recuperando dos efeitos da pandemia. Uma tendência que projetamos na época e se revelou precisamente o oposto.

Ramiro Madureira, diretor da 123Milhas
A empresa suspendeu a emissão de passagens já vendidas em 18 de agosto e afetou pessoas que viajariam entre setembro e dezembro deste ano.
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A 123Milhas informou que devolveria os valores desembolsados, mas em forma de vouchers. O sistema gerou reclamações porque o cliente entregou dinheiro e recebeu outra mercadoria. Além disso, houve casos de vouchers em valores inferiores.
A CPI quebrou o sigilo financeiro da 123Milhas e a empresa entrou na Justiça para tentar derrubar esta medida. O pedido não foi acatado pela ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal).
No ano passado, a empresa se tornou a maior agência de viagens online do Brasil, o que dá dimensão do número de clientes lesado. A estimativa é que sejam milhares.
O número pode aumentar porque não há definição de como ficará a situação de clientes que viajarão a partir de janeiro. O destino destas passagens será decidido pela recuperação judicial da 123Milhas. Do Blog : Ou seja, o dono da 123 Milhas disse “SI RÉI PÁ LÁ “

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