Suspeitos de golpe ostentavam vida de luxo no Ceará

A ‘Operação Restauração’ foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (23), no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza

A Polícia Civil do Ceará deflagrou uma operaçãona manhã desta sexta-feira (23), no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), chamada Restauração. O objetivo do trabalho, como o nome sugere, não era apenas identificar e responsabilizar os suspeitos de comandar um esquema criminoso que criava empresas de investimento em criptoativos e apostas online, como, também, devolver às vítimas, quando possível, a maior parte do dinheiro perdido por elas no golpe.
Quatro empresários são alvos da operação. De acordo com as investigações, as vítimas chegavam a investir até R$ 100 mil nas empresas dos suspeitos, que ostentavam vida de luxo nas redes sociais.
“Esse grupo, basicamente, atuava em pirâmides financeiras, fazendo captação de dinheiro e transformando [esse dinheiro] em criptoativos e criando falsas aplicações, prometendo lucros fáceis na Internet. Eles se utilizavam das próprias redes sociais para mostrar sucesso, ostentar. Nós aprendemos oito veículos de luxo. Tem alguns que são conhecidos como super esportivos, Lamborghini, Porsche. São veículos de alto valor”, informou o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez.
Com mandados de busca e apreensão, a Polícia sequestrou oito automóveis e 25 relógios de luxo, uma lancha e um imóvel na manhã desta sexta-feira. Além disso, foram bloqueados os criptoativos e as contas bancárias dos empresários investigados.
Legenda: Uma lancha também foi apreendida pela Polícia 
Um dos suspeitos, a Polícia detalhou, ostentava com veículos, relógios, viagens e outras situações que demonstravam que ele supostamente teria chegado a algum lugar de destaque na vida. “Aí, para que outras pessoas também conseguissem aquele mesmo sucesso, é que entram as aplicações falsas, os robozinhos que prometem lucros. Logicamente, sempre num volume bem mais alto do que o próprio mercado financeiro entrega. Então, eles trabalhavam muito essa questão de ostentar para mostrar algo que pudesse ser objeto de desejo e captar mais clientes, fazer mais vítimas”, explicou Renê Mesquita, titular Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro (DCLD).

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