Adolescente de 16 anos é morta por criticar qualidade de maconha em live, em MT


Gabriela da Silva Pereira foi torturada e assassinada após falar mal do entorpecente comercializado por uma organização criminosa; polícia prendeu dois suspeitos

Uma adolescente de 16 anos foi assassinada nesta segunda-feira por ter criticado a qualidade da maconha vendida por uma facção criminosa que atua no município de Cáceres, em Mato Grosso. Gabriela da Silva Pereira tornou-se alvo dos criminosos após ter feito uma live nas redes sociais, na qual falava mal do entorpecente que havia adquirido. Depois da transmissão ao vivo, ela foi torturada e assassinada. Dois suspeitos do crime estão presos. 

“A vítima fez uma live, em que criticou a maconha vendida pela organização criminosa que decretou a sua morte, sendo interpretado a ação como uma propaganda para a facção rival”, afirmou o o delegado responsável pelas investigações, Marlon Nogueira, por meio de comunicado publicado pela Polícia Civil de Mato Grosso. 

De acordo com o delegado, colaborou para a decretação da morte de Gabriela o fato de ela “aparentar pertencer a uma facção criminosa rival”. A jovem costumava postar fotos fazendo o sinal referente ao grupo. 

O corpo de Gabriela foi localizado em uma rua no bairro Nova Era, em Cáceres. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, a adolescente sofreu uma sessão de tortura antes do assassinato. Ela chegou a ser amarrada para ser torturada e executada. 

“Os suspeitos, de 20 e 24 anos, foram autuados em flagrante pelos crimes de tortura, organização criminosa e homicídio qualificado pelo motivo fútil e meio cruel”, informou a polícia. 

O crime aconteceu em uma residência no loteamento Jardim Primavera, em Cáceres. A vítima havia sido levada a esta casa por integrantes da organização criminosa. 

“Em observação do local, os policiais visualizaram que havia roupas e outros objetos queimados, no quintal da casa. Além disso, haviam manchas de sangue pelo chão. O primeiro suspeito foi encontrado na residência”, informou a polícia. 

O primeiro suspeito acabou confessando o crime e indicou os demais envolvidos. O segundo suspeito foi localizado no bairro Vitória Régia e conduzido à delegacia.

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