Dono de página famosa no Instagram foi alvo de operação conduzida pelo Gaeco durante campanha eleitoral
Murilo Cesar Carneiro da Silva em foto de 2019, quando foi preso por receptação (Foto: Reprodução)
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio da Promotoria Eleitoral de Nova Andradina, denunciou Murilo Cesar Carneiro da Silva, blogueiro conhecido como “Pagodinho”, por espalhar fake news e cometer violência política de gênero. Se condenado pelos crimes, ele pode pegar seis anos de prisão.
RESUMO
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Murilo Cesar Carneiro da Silva, conhecido como “Pagodinho”, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul por espalhar fake news e cometer violência política de gênero durante as eleições municipais de 2024. Ele é acusado de ofender uma candidata através de sua página no Instagram, que possui 109 mil seguidores, e de disseminar informações falsas em grupos de mensagens. A denúncia é parte da “Operação Fake Fire”, que resultou em medidas cautelares contra ele, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de movimentação. Se condenado, ele pode enfrentar até seis anos de prisão.
De acordo com a denúncia, Murilo Cesar, que alimenta o @novafogooficial, “proferiu ofensas humilhantes e constrangedoras contra uma candidata, nas eleições municipais de 2024” por meio da página no Instagram com 109 mil seguidores e influente na região de Nova Andradina.
Além disso, conforme investigado pelo MP, “Pagodinho” disseminou informações falsas em grupos de aplicativos para troca de mensagens e ainda desobedeceu as ordens da Justiça Eleitoral para que parasse com os ataques.
Local na casa de blogueiro onde conteúdo para a página no Instagram é produzido (Foto: MPMS/Divulgação)
O Ministério Público o denunciou pelos crimes de divulgação de fatos inverídicos, desobediência à Justiça Eleitoral e violência política de gênero. A denúncia é um desdobramento da “Operação Fake Fire”, deflagrada em Nova Andradina no dia 2 de outubro do ano passado.
Naquela manhã, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao blogueiro. Ele passou a usar tornozeleira eletrônica.
Também foram impostas, à época, medidas cautelares diversas da prisão. “Pagodinho” foi proibido de se ausentar da cidade sem autorização judicial e teve de ficar recolhido em casa das 19h às 7h, em dias úteis, e em tempo integral em feriados, fins de semana e dias de folga. Foi ainda proibido de utilizar qualquer meio para divulgar informações relacionadas à campanha eleitoral em curso, direta ou indiretamente, por si ou por terceiros.
A reportagem tentou contado com Murilo Cesar pelo WhatsApp e Instagram, mas ele não respondeu às mensagens. O espaço segue aberto para futura manifestação.