ARTIGO: Natal terá suas praias de volta? Por Marcus Aragão.

Foto: Rogério Vital

Quem frequentou a redinha e as praias dos artistas, do meio e do forte até a década de 90 não podia imaginar o tsunami que iria devastar essa parte da orla. Esse Tsunami tem nome e sobrenome: Antigo Plano diretor. Uma onda de destruição que atropelou os sonhos de investimentos da iniciativa privada como se fossem castelos de areia — saiu derrubando os prédios que ainda seriam construídos e como resultado, arrastou o desenvolvimento até Parnamirim. Depois da ressaca, não sobrou muita coisa nas nossas praias.

Passeando pela redinha é dificil até lembrar como era antigamente. A Redinha tinha tudo para ser a melhor praia de veraneio de Natal. Bem pertinho, tinha mais estrutura e um visual único. Mas o que a ponte aproximou, o antigo plano direitor afastou. Quem começou a investir lá tinha uma surpresa das limitações construtivas tão desagradáveis quanto pisar num caco de vidro enterrado na areia da praia.

— Muito mais que “ginga com tapioca” — “Desenvolvimento com progresso”.

Surge agora uma nova esperança com o Complexo da Redinha que aliado ao novo plano diretor de 2022 podem trazer de volta o “investidor com veranista” e ainda, “emprego com renda”. Atualmente, o potencial construtivo aumentou 30%. E o mais importante, a altura das edificações que saiu de 7,5m foi para 30m — o antigo plano diretor permitia prédios de 2 andares e agora podemos construir prédios com 10 andares.

— Não queremos ocupar Marte. Apenas nossas praias.

Acredito que nenhuma cidade do Nordeste anseia mais por usufruir suas praias do que Natal. Não estamos pedindo muito. Desde ponta Negra, passando pela Via Costeira até chegar à Redinha, essa grande orla precisa ser devolvida para o natalense.

— Que a engorda, o novo plano diretor e o complexo da redinha possam ser o pé na areia que estamos precisando. Só o tempo dirá.

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