Bolsonaro entra no jogo e aumenta a popularidade!

Desde o ano passado, quando o governo passou a ser reprovado por metade da população, Jair Bolsonaro acelerou a adoção de medidas destinadas a estimular a atividade econômica e atenuar os efeitos da impopularidade.
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O presidente e seus assessores concordam que ele só terá chance de ser reeleito se o PIB crescer, o desemprego cair, e a carestia dos produtos e o endividamento das famílias diminuírem. Pesquisa da Quest realizada em março mostrou que para 56% dos entrevistados a capacidade de pagar as próprias contas piorou nos últimos três meses. Para apenas 15%, melhorou.
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Como faz desde o início da pandemia de Covid-19, Bolsonaro se isenta de responsabilidade pelas dificuldades econômicas e culpa, entre outros, os governadores e a aposta deles no “lockdown” para conter a disseminação do vírus.
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Como esse discurso não quita boletos nem serve comida à mesa, Bolsonaro resolveu gastar a tinta da caneta presidencial de olho na eleição de outubro. Só um conjunto de medidas recentes baixadas por ele envolve, segundo estimativas de sua própria equipe, pelo menos 250 bilhões de reais. Na semana passada, o governo zerou o imposto de importação do etanol e de seis produtos da cesta básica, como café, açúcar e óleo de soja.
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Antes, já tinha reduzido em 25% o IPI de produtos como carros e e eletrodomésticos, repetindo uma receita adotada por Dilma Rousseff. Houve ainda iniciativas para injetar recursos na economia, como a autorização para o pagamento antecipado de 13º salários a 30 milhões de aposentados e pensionistas do INSS e o saque de até 1 000 reais a 40 milhões de trabalhadores com saldo em suas contas de FGTS. Juntas, essas ações podem movimentar cerca de 86 bilhões de reais.

O governo também ampliou a margem para a contratação de empréstimos consignados, o que, nas estimativas otimistas do Ministério da Economia, pode resultar em mais 77 bilhões de reais em crédito para para pessoas físicas.
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A dúvida é se as famílias, já devidamente endividadas, cairão na tentação. Até agora, a ação mais eficaz foi a implantação do Auxílio Brasil, que tem orçamento anual de cerca de de 90 bilhões de reais, substituiu o Bolsa-Família e paga um benefício duas vezes maior do que o do programa anterior. O impacto da iniciativa foi detectado pela mais recente pesquisa Datafolha.

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