Liminar suspende a greve de ônibus no Rio de Janeiro

A terça-feira começa com sinal amarelo na cidade do Rio. Na noite dessa segunda-feira, o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro aprovou, em assembleia, uma paralisação por tempo indeterminado de motoristas e cobradores. O Rio Ônibus conseguiu uma liminar judicial, ainda nesta madrugada, para proibir o movimento, sob risco de multa. Apesar da decisão, o BRT não está funcionando, com os três corredores — Transolímpico, Transoeste e Transcarioca — sem circulação. Os coletivos de linhas normais também são raros de estarem circulando nesta manhã.

O Rio Ônibus, sindicato que representa os consórcios do transporte rodoviário na cidade, conseguiu uma liminar judicial no início da madrugada desta terça-feira (29) que proíbe realização da greve decretada por rodoviários na cidade do Rio sob pena de multa diária de R$ 200 mil ao Sindicato dos Rodoviários caso a determinação seja descumprida. Em Campo Grande, na Zona Oeste, às 5h30, era normal a circulação de ônibus no terminal rodoviário. No entanto, a estação do BRT Campo Grande estava fechada. Passageiros dizem que nenhum articulado circula desde a meia-noite.

— Eu trabalho em Paciência e não tenho outra opção de transporte público para chegar lá se não for o BRT. Estou vendo se consigo alguma carona com amigos que vão até lá de carro. Cheguei na estação e me deparei com as portas fechadas — diz Gabriel Fernandes, de 21 anos, morador de Campo Grande que às 5h50 tentava encontrar uma solução para ir trabalhar.

A decisão a favor do Rio Ônibus foi assinada pela desembargadora Edith Maria Correa Tourinho, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1). O texto aponta que, como serviço essencial, sindicatos, empregadores e trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, “a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades de toda comunidade

O Rio Ônibus alega que o movimento não resolverá o problema da classe e agrava a atual crise de mobilidade no Rio. Segundo o porta-voz Paulo Valente, o reajuste de salários exigido pela categoria depende de ações externas, já que três dos quatro consórcios se encontram em recuperação judicial. Além disso, o Rio Ônibus apela para que profissionais não façam adesão à paralisação e assumam os seus postos de trabalho, atendendo a população até que haja resultados dos diálogos mantidos com a prefeitura na busca por soluções.
— O Rio Ônibus e os consórcios que ele representa estão empenhados em colocar toda a frota em operação nas ruas. A greve é ilegal, é preciso que a categoria compareça às garagens para trabalhar normalmente no Rio — ressalta Valente

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