
O ofício, enviado por Dino ao governador do DF, Ibaneis Rocha, dizia que Dino foi informado pela Polícia Federal da “intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das Eleições 2022”, organizaram caravanas de ônibus para se deslocarem até Brasília.
“Segundo relatado, o referido movimento teria a intenção de promover ações hostis e danos contra os prédios públicos dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral”, diz no documento.
Com o relatório da PF, o ministro da Justiça pediu para o governador Ibaneis que bloqueasse a “circulação de ônibus de turismo no perímetro compreendido entre a torre de TV e a Praça dos Três Poderes nos dias 8 e 9 de janeiro” e ressaltou que sua pasta permaneceria “monitorando o referido movimento”, encontrando-se “à disposição para emprego imediato em caso de necessidade”.
Na quarta-feira, 11 de janeiro, o deputado Nikolas Ferreira (PL) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ministro da Justiça Flávio Dino por “omissão intencional” nos atos de vandalismo do último domingo.
Em suas redes sociais, Nikolas diz que, se for comprovada a omissão do Ministro, o STF decrete a prisão preventiva do ministro.
No entanto, nesta tarde (13), o ministro Alexandre de Moraes arquivou o pedido do deputado.
Poucas horas depois, o portal ‘O Antagonista’ revelou o documento oficial confirmando que o ministro Flávio Dino sabia da possibilidade de depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
