De acordo com o serviço de imprensa do tribunal, Rodnyansky e Vyrypaev, que estão fora da Rússia, ficarão em prisão preventiva quando as autoridades russas conseguirem prendê-los ou extraditá-los. Além disso, o Ministério do Interior russo incluiu Vyrypaev na lista federal de pessoas procuradas.
Rodnyansky, nascido em Kiev, tem sido uma das figuras mais influentes do cinema russo nas últimas décadas. No entanto, ele deixou a Rússia após o início da guerra na Ucrânia e se manifestou de forma repetida contra a guerra. Em outubro de 2022, o Ministério da Justiça russo declarou Rodnyansky um “agente estrangeiro”.
O popular dramaturgo, diretor e ator Vyrypaev, que vive e trabalha em Varsóvia, na Polônia, há vários anos, também se manifestou contra a guerra na Ucrânia.
Desde que Putin enviou tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022, o governo tem travado uma repressão à dissidência não vista desde a era soviética.
A repressão abrangente do Kremlin criminalizou as críticas à guerra. Além de multas e penas de prisão, os réus foram demitidos, colocados na lista negra, rotulados como “agentes estrangeiros” ou fugiram da Rússia.
Sob o pretexto da guerra na Ucrânia, Putin uma lei referida como a “lei da desinformação”.
O projeto de lei alterou o Código Penal da Rússia, que foi complementado pelo artigo 207.3: “Disseminação pública de informações conscientemente falsas sobre o uso das Forças Armadas da Federação russa”.
Muitos meios de comunicação russos foram forçados a parar de cobrir a invasão por causa deste PL, incluindo os veículos mais famosos, como The Bell, Novaya Gazeta, entre outros. Todos os veículos independentes e ocidentais também precisaram deixar de operar na Rússia.
A informação foi monopolizada pelos veículos estatais russos, agora os únicos responsáveis pela divulgação de informações sobre a guerra.
Desde a implementação da lei, aqueles que opinem contra a guerra são enquadrados como “agentes de desinformação” ou “agentes estrangeiros”.