Esposa do maior assassino em série da França sequestrava virgens para ele matar

“A Cúmplice do Mal: Monique Olivier” é uma série documental francesa, produzida pela Netflix, que ao longo de cinco episódios conta a história real e brutal de um dos mais notórios assassinos em série da França, Michel Fourniret, e de sua esposa, Monique Olivier.
O homem foi preso em 2003, considerado culpado de estuprar e assassinar no mínimo sete garotas entre 1987 e 2003, ano em que foi pego pela polícia. A imprensa o chamava de Ogro de Ardenas, por atacar na região de Ardenas.
Por que a série documental não é sobre Michel Fourniret?
A produção é focada em Olivier, pois, além das informações sobre o assassino em série, o título aborda revelações perturbadoras que também envolvem a mulher.
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Ao longo de quase 20 anos, diversas meninas e mulheres desapareceram em um determinada área entre a França e a Bélgica. Nada foi descoberto até 2003, quando uma jovem relatou à polícia belga que tinha sido vítima de uma tentativa de sequestro.
Uma van branca, com um casal, raptou a garota, que consegui fugir. Pouco tempo depois, o veículo foi encontrado e Fourniret foi identificado como um dos piores assassinos em série da França.
No entanto, havia dúvidas sobre o papel de sua esposa em seus crimes macabros. Ela era apenas submissa e tinha medo do marido ou também tinha uma mente criminosa?
‘A Cúmplice do Mal: Monique Olivier’ aborda a investigação para entender o papel da mulher nos assassinatos.
Quem era Michel Fourniret?

Michel Fourniret é considerado um dos assassinos em série mais perversos da França Imagem: Reprodução
Um homem normal, que não levantava suspeitas. Seus vizinhos e pessoas próximas não desconfiavam de nada.
Já na intimidade, Fourniret era um maníaco sexual e pedófilo que já tinha passado pela prisão na década de 1960, quando foi preso por estupro.
Enquanto cumpria sua pena, o homem começou a se relacionar por correspondência com Monique Olivier e os dois começaram a desenvolver um romance a distância.
Fourniret saiu da cadeia em 1987, quando começou a morar com Olivier. Após um tempo, nasceu o único filho do casal, Selim.
Mesmo tendo sido preso, o francês continuou a cometer crimes. Relatos diziam que ele era aficionado pela ideia de virgindade e essa sua obsessão o levava a cometer atos violentos contra garotas.
Sua tática era encontrar meninas enquanto dirigia sua van, atraí-las para o veículo, estuprá-las e matá-las. Em um diário que o criminoso mantinha, esse hábito foi considerado como uma “caçada”.
A Justiça o considerava perverso. Em uma carta para seu advogado, ele deixou linhas em branco e escreveu que era para a polícia conseguir preencher os espaços em branco com os nomes de outras vítimas que ele tinha feito.
Quem era Monique Olivier?

A série A Cúmplice do Mal: Monique Olivier aborda os crimes do casal Monique e Michel Imagem: Divulgação/ Netflix
Enquanto a personalidade diabólica de Michel Fourniret nunca foi questionada, o mesmo não aconteceu com a sua esposa.
Quando ele foi preso pela tentativa de sequestro, Olivier afirmava ser uma dona de casa gentil e submissa, obrigada a aguentar o marido abusivo.
Diversas armas e outros itens suspeitos foram encontrados na casa do casal, mas ela continuava a negar sua participação e dizia não saber da vida criminosa do marido. A polícia desconfiou e começou a investigá-la.
Foi descoberto que Olivier era cúmplice do marido e, na maior parte das vezes, estava presente quando ele cometia atos violentos.A mulher chegou até mesmo a fazer sexo oral em Fourniret, enquanto o mesmo cometia um estupro.
A mulher também costumava atrair as vítimas para a van. Ela chegou a usar o próprio filho como isca, dizendo que o bebê estava passando mal e precisava de ajuda.
Os investigadores acreditam que Fourniret contava a Olivier sobre seu desejo doentio de estuprar garotas virgens desde o momento em que eles se falavam por meio de cartas durante sua prisão.
Quando Olivier conheceu Fourniret, já era casada e tinha dois filhos também. Seu ex-marido era abusivo, muitas vezes agredindo-a fisicamente. Ela queria que Fourniret matasse seu marido e, em troca, ela prometeu ajudá-lo a cometer seus atos hediondos.
Nunca houve uma comprovação de que o assassino tenha cumprido sua promessa, no entanto, Olivier se envolveu cada vez mais em seus atos criminosos. Ela chegava a tocar as vítimas para ter certeza de que se tratavam de virgens.
Diferente do que era apresentado pela defesa de Olivier e do que era dito por Fourniret, a mulher era extremamente inteligente. Testes indicaram que ela estava entre os 2,2% habitantes mais com maior QI na França.
Ela foi acusada pelo marido de ter cometido um assassinato para poder ficar com a fortuna de um ex-colega de Fourniret, mas nada foi comprovado. Ela alegou inocência, mas se mostrou abalada ao falar sobre o assunto.
O que aconteceu com eles?
Após uma longa investigação entre 2003 a 2008, o julgamento no tribunal começou em março de 2008. Nesse período, Michel Fourniret confessou ter matado oito meninas e mulheres, das quais apenas sete assassinatos poderiam ser imputados a ele, já que um corpo nunca foi encontrado.
Sob a acusação desses mesmos sete assassinatos, além de estupro e tentativa de estupro, Fourniret foi condenado à prisão perpétua sem qualquer chance de liberdade condicional.
O homem morreu na prisão em 2021 de problemas cardíacos e também sofria de Alzheimer na época.
A defesa de Monique Olivier quis tentar separar os crimes da mulher e de seu parceiro, alegando que ela não poderia ser responsabilizada pelo que ele cometeu.
Embora Olivier também tenha sido condenada à prisão perpétua por ser uma cúmplice crucial em muitos dos crimes, ela foi autorizada a solicitar liberdade condicional após 28 anos.
Ela continua presa e poderá pedir liberdade condicional em 2032, quando tiver 84 anos.

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