Comando vermelho adota fugitivos de MossoróPor Noticias No Face / 7 de março de 2024 A fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, está sendo mantida por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro, e não do Acre, de onde são originários, registrou a Folha de S.Paulo.Segundo os investigadores, o braço acriano da facção criminosa rompeu com Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Eles foram jurados de morte pelas lideranças do CV no Acre –Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo.A ameaça foi desencadeada após Rogério e Deibson realizarem uma tentativa frustrada de assassinar Railan e Selmir para assumirem o controle do Comando Vermelho no Acre. A rede de apoio do Comando VermelhoO Comando Vermelho está financiando uma rede de apoio para ajudar na fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.A investigação da Polícia Federal aponta que a rede criada pela facção criminosa auxilia Rogério e Deibson a se manter em áreas rurais, fornecendo apoio para alimentação, bebidas, transporte e armas de fogo.Ainda de acordo com a apuração, a dupla de criminosos fez contato com membros do Comando Vermelho dois dias após a fuga, quando fizeram reféns na zona rural de Mossoró e tiveram acesso a aparelhos celulares.Após a ligação, os bandidos receberam o suporte de um morador da cidade, que foi preso por pegar um carro no Ceará e o levar até Baraúna, também no Rio Grande do Norte, onde foi entregue aos fugitivos.A investigação mostra haver indícios de que o suspeito também integra o Comando Vermelho, assim como Rogério e Deibson, e que ele teria recebido 4.500 reais para fazer o serviço.Tudo dominado (por PCC e CV)Um levantamento realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apontou a existência de 70 facções criminosas no sistema carcerário brasileiro. As principais —Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)— atuam em 24 estados e no Distrito Federal.Em 2023, o CV estava presente em presídios de 21 estados, seis a mais do que em 2022. Já o PCC estava em 23 estados, dois a mais do que no ano anterior.Com dados da Rede Nacional de Inteligência Penitenciária, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) mapeou o poder das facções criminosas, identificando 21 delas como de alto impacto. Esse cálculo considera fatores como a atuação de advogados, a força financeira, a estrutura hierárquica, a quantidade de aliados e inimigos dentro do sistema prisional.Considerado mais difícil de monitorar por não ser tão organizado quanto o PCC, que possui contabilidade dos membros da facção e até mesmo das armas presentes nas unidades prisionais, o Comando Vermelho teve um crescimento expressivo ao se expandir para o Norte e Nordeste do país.Embora o governo Lula tivesse dados sobre o controle do Comando Vermelho no sistema carcerário brasileiro e sobre o crescimento da facção criminosa nas regiões Norte e Nordeste, nada fez para reforçar a segurança do presídio de segurança máxima de Mossoró antes da fuga de dois integrantes da facção criminosa em 14 de fevereiro.
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