Netanyahu promete retirar civis antes de lançar ofensiva em Rafah, na Faixa de Gaza

ANIQUILAR

Netanyahu, que prometeu “aniquilar” o movimento islamista, reafirmou sua determinação de lançar uma ofensiva em Rafah, mas garantiu que uma operação desse tipo “não é algo que faremos deixando a população presa lá”. 

No entanto, “nenhuma pressão internacional impedirá que alcancemos todos os objetivos de nossa guerra”, insistiu antes de uma reunião do gabinete de segurança sobre as negociações para um cessar-fogo com o Hamas, classificado como organização “terrorista” por Israel, União Europeia (UE) e Estados Unidos. Israel busca eliminar “os últimos batalhões do Hamas” nessa cidade, onde centenas de milhares de deslocados chegaram fugindo dos bombardeios no território sitiado. 

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O gabinete de Netanyahu indicou na sexta-feira que o líder já havia aprovado os “planos de ação” do Exército para uma operação nessa localidade, que gera preocupações na comunidade internacional. 

No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o “bom discurso” proferido no dia anterior pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer, que pediu eleições para substituir o governo de Netanyahu

— Não somos uma república de bananas — respondeu o governante israelense em entrevistas concedidas no domingo à CNN e à Fox News, nas quais classificou como “totalmente inapropriado” o chamado de Schumer, a figura judaica de maior hierarquia no poder legislativo americano. 

A guerra foi desencadeada em 7 de outubro, quando uma incursão de comandos do Hamas matou 1.160 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses. Os combatentes palestinos também sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 100 foram libertadas durante uma trégua de uma semana em novembro. Israel estima que 130 permanecem em cativeiro e 32 podem ter morrido. 

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Israel lançou uma ofensiva militar em resposta, que até agora deixou pelo menos 31.645 mortos em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, governado pelo Hamas desde 2007. Pelo menos 92 palestinos foram mortos em bombardeios israelenses nas últimas 24 horas, incluindo 12 membros de uma mesma família em Beir al Balah, no centro do território, informou o Ministério. 

— O que querem de nós? Não há mais crianças em Gaza! — perguntou Leen Thabet, que perdeu sua prima no ataque. — Ela morreu. Só resta seu vestido. 

O Exército israelense afirmou ter matado “18 terroristas” no centro de Gaza desde sábado. 

Os bombardeios atingiram também a Cidade de Gaza, no norte, e Khan Yunis e Rafah, no sul, segundo testemunhas. Também foram registrados combates intensos entre soldados israelenses e combatentes palestinos em Khan Yunis e na Cidade de Gaza.

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