O adolescente de 16 anos que confessou ter assassinado seus pais adotivos e sua irmã afirmou que o fez porque teve seu computador e celular “confiscados”.
O crime ocorreu na última sexta-feira (17) na casa da família na Vila Jaguara, Zona Oeste de São Paulo.
O próprio jovem ligou para a polícia no domingo (19) para confessar os assassinatos.
Segundo o relato do adolescente, ele foi chamado de “vagabundo” pelos pais adotivos na noite de quinta-feira (16) e teve o celular e o computador apreendidos, o que, segundo ele, atrapalhou suas atividades escolares e o deixou revoltado.
ENTENDA O CASO
Na sexta-feira, o adolescente, estando sozinho em casa, pegou a arma do pai, um guarda civil municipal aposentado, e fez testes com a pistola Taurus 9mm. Por volta das 13h, quando o pai chegou em casa e se debruçou sobre a pia da cozinha, foi atingido com um tiro na nuca disparado pelo filho adotivo.
Em seguida, o jovem subiu as escadas e encontrou a irmã, que questionou o barulho do tiro. Ele então atirou no rosto dela.
O adolescente relatou que almoçou na cozinha ao lado do corpo do pai e depois foi para a academia. Quando a mãe chegou em casa à noite, ele a aguardava. Ela gritou ao ver o corpo do marido e, ao se debruçar sobre ele, levou um tiro nas costas.
Na manhã seguinte, sábado (18), o jovem enfiou uma faca nas costas da mãe, já morta. Segundo os policiais, o adolescente descreveu os eventos sem demonstrar remorso.
O jovem foi levado ao 87º Distrito Policial e, posteriormente, encaminhado para a Fundação Casa.
O caso foi registrado no 33° DP (Pirituba) como “ato infracional de homicídio – feminicídio, ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo e ato infracional – vilipêndio a cadáver (ofensa grave que viola o respeito aos mortos)”.
Tenebroso!