
As buscas foram realizadas, mas Ronaldinho não estava em casa e o documento não foi encontrado. Ele deve entregar o passaporte na Polícia Federal ou na Justiça Federal.
O mandado de busca e apreensão serve para impedir que o ex-jogador deixe o país após ser convocado para prestar depoimento e faltar nas duas oportunidades. Nesta quinta-feira (24), ele alegou que condições de mau tempo impediram que o seu voo saísse de Porto Alegre, onde estava, até Brasília. Ele já não havia participado da reunião na terça-feira (22).
Por causa das duas faltas, a CPI pediu à Justiça Federal do Rio a condução coercitiva do atleta. Segundo o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP), Ronaldinho apresentou uma justificativa que não atende a prerrogativas legais.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (31). A apreensão do passaporte do ex-jogador serve para impedir uma nova falta já que ele faltaria novamente devido a uma viagem para o exterior.
Investigação
O irmão e empresário do ex-jogador, Roberto Assis, também investigado pela CPI, esteve presente em uma das reuniões e prestou depoimento. Ele negou que ele e Ronaldinho tiveram envolvimento com a empresa responsável por venda de criptomoedas e alegou que eles foram vítimas. O contrato de cessão de direito de imagens, segundo o empresário, foi assinado junto a uma empresa de comercialização de relógios.
“Meu irmão (Ronaldinho) não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha”, disse Assis.
Ronaldinho é investigado por supostamente ser sócio de uma empresa responsável por arbitrar venda de criptomoedas e por prometer rendimentos de 2% ao dia. A empresa bloqueou contas e não pagou os investidores. Em 2020, o ex-jogador se tornou réu em uma ação coletiva, que pede R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores.