Milei lidera corrida presidencial na Argentina

Milei lidera corrida presidencial na Argentina, aponta última pesquisa antes da eleição
Ultraliberal tem 8,6% das intenções de voto contra 44,6% do governista Sergio Massa; levantamento aponta que, apesar da preferência do eleitorado, ideais radicais não agradam
LUIS ROBAYO/AFP

O congressista argentino e candidato presidencial por La Libertad Avanza Javier Milei (C) cumprimenta apoiadores acompanhados pela candidata à vice-presidência Victoria Villarruel (C-L) durante um comício de campanha, em 6 de novembro de 2023
Javier Milei interage com apoiadores durante campanha para a presidência da Argentina
Faltando menos de dez dias para o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, o candidato de oposição Javier Milei está ligeiramente à frente do candidato do governo, o ministro da Economia Sergio Massa, de acordo com uma pesquisa realizada pela Atlas-Intel. Milei possui 48,6% das intenções de voto, enquanto Massa tem 44,6%. No primeiro turno, o candidato apadrinhado pelo presidente Alberto Fernández conseguiu mais votos, mas Milei pode estar se beneficiando do apoio público de Patricia Bullrich, que ficou em terceiro lugar. Considerando apenas os votos válidos, o ultraliberal tem 52,1% das intenções, e Massa, 47,9%. Esses resultados são praticamente os mesmos da pesquisa realizada em 3 de novembro, que mostrou 52% a 48%. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de novembro, com 8.971 eleitores, e possui uma margem de erro de 1 ponto percentual para cima ou para baixo. Esta é a última pesquisa eleitoral antes do período de proibição de divulgação de resultados pelos institutos.
A pesquisa da Atlas também revelou que, embora os eleitores prefiram Milei, muitas das propostas defendidas por ele são rejeitadas pela maioria da população. Uma delas é a promessa de fechar o Banco Central da Argentina e substituir o peso argentino pelo dólar americano, ideia que contrária para 51% dos entrevistados (35% são a favor e 15% não souberam opinar). Outro tema polêmico é a flexibilização da compra de armas por civis, que enfrenta uma oposição ainda maior, com 68% dos argentinos sendo contrários à ideia e apenas 20% a favor. Além disso, a proposta do oposicionista de permitir a venda de órgãos também não atraiu os argentinos, com 78% sendo contrários e apenas 9% a favor.

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